Concessão a Trump: Hamas quer libertar refém israelense com passaporte americano

Após contatos diretos com Washington, o Hamas anuncia a libertação de um refém com cidadania israelense-americana. Os islâmicos esperam que esse gesto leve a um acordo com Israel. O jovem aparentemente sofreu martírio no cativeiro.

O grupo islâmico Hamas diz que quer libertar um cidadão israelense-americano de sua custódia. A organização terrorista disse que esteve em contato com os Estados Unidos nos últimos dias e que a libertação do soldado sequestrado fazia parte dos esforços dos islâmicos para chegar a um acordo em Gaza.

A libertação ocorrerá dentro de 48 horas, disse Suhail al-Hindi, um alto membro do Hamas, à noite. O presidente dos EUA, Donald Trump, é esperado na região nos próximos dias. De acordo com o Times of Israel, os estados mediadores pediram ao Hamas que libertasse o soldado para mostrar sua boa vontade a Trump.

Israel não está envolvido nas negociações

A família do homem, chamado Edan Alexander, disse que foi informada do anúncio do Hamas. O gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que Washington informou a liderança israelense sobre a intenção do Hamas de libertar o homem sem quaisquer condições, como um gesto aos americanos. Os Estados Unidos também informaram Israel que essa medida provavelmente levaria a negociações sobre um acordo que Israel já havia aceitado no passado.

Dois meses atrás, o Hamas já havia proposto a libertação do soldado como parte de um acordo. No entanto, o governo israelense descreveu a oferta do Hamas como insuficiente. O site de notícias israelense "ynet" informou que Israel não estava envolvido nas negociações e não era obrigado a libertar nenhum prisioneiro palestino em troca. Os pais do homem queriam viajar dos EUA para Israel. O homem também foi acorrentado e torturado por um tempo enquanto era mantido refém, informou a mídia israelense, citando relatos de reféns libertados anteriormente.