A busca pelo corpo da vítima do Rei Cachopo termina sem sucesso.

A polícia não poupou esforços para encontrar os restos mortais de Heidi Paz , vítima do homem conhecido como o Rei de Cachopo, mas as buscas foram infrutíferas. A operação para localizar as partes desaparecidas do corpo da mulher assassinada por César Román, seu verdadeiro nome, terminou na noite de terça-feira. Policiais foram enviados ao município de Carranque, em Toledo, local onde o condenado fez um esboço em março com a possível localização do corpo.

De acordo com um comunicado da Polícia Nacional, esta operação de busca, que começou na segunda-feira e foi coordenada pelo Grupo de Homicídios da Brigada Provincial da Polícia Judiciária de Madri, envolveu diversas unidades, incluindo a Polícia Científica Provincial e a Brigada de Antropologia Forense da Delegacia Geral da Polícia Científica. Também participaram as Unidades de Prevenção e Reação das Brigadas Provinciais de Segurança Cidadã de Madri e Toledo, o Grupo de Intervenção Técnica (GOIT) e o Serviço de Drones da Unidade Aérea da Polícia Nacional.

Durante a operação, foi concluído um mapeamento 3D da área e o solo foi inspecionado com radar de penetração no solo e detector de metais. Também foram realizados testes de poços com perfuratriz e retroescavadeira.

César Román matou sua ex-companheira em julho de 2018. A investigação começou quando o torso da mulher foi encontrado em uma mala em um armazém alugado por Román, no bairro de Usera, em Madri. O homem foi condenado em 2021 a 15 anos de prisão por homicídio. Como o restante do corpo estava desaparecido, era impossível determinar as circunstâncias da morte e, portanto, não poderiam ser aplicadas agravantes que aumentariam a pena por homicídio.

Os membros e a cabeça nunca foram encontrados, e o condenado negou responsabilidade até abril de 2024, quando admitiu parcialmente o crime em uma carta da prisão. Várias outras cartas se seguiram a essa, até que, em março deste ano, ele desenhou um esboço e relatou uma versão até então desconhecida, na qual um tio seu seria o responsável por desmembrar a vítima e descartar os restos mortais.

A família de Paz, que teve que esperar vários anos até conseguir repatriar o corpo da mulher por meio dos recursos judiciais de Román, nunca acreditou nessa nova versão nem na possibilidade de encontrar o que faltava em Heidi. Para eles, todas essas comunicações vindas da prisão do condenado são uma resposta à sua "paranoia", e querem acabar com esse "sofrimento", segundo seu advogado, Alexis Socias, na véspera do início das buscas.