O AI Summit mostrará suas vantagens

GENEBRA, Suíça (EFE) — Robôs terapêuticos, táxis voadores, interfaces cérebro-máquina e músicas criadas com inteligência artificial fazem parte da agenda da Cúpula sobre Inteligência Artificial para o Bem Comum, que começou ontem nesta cidade com mais de 15.000 pessoas inscritas somente no primeiro dia.
"O objetivo é identificar aplicações práticas que possam ajudar a resolver os problemas mais urgentes do mundo", explicou Fred Werner, chefe de parcerias estratégicas da União Internacional de Telecomunicações (UIT), organizadora do evento.
A cúpula, que termina depois de amanhã, reúne líderes da indústria de tecnologia, governos, acadêmicos e jovens inventores de todo o mundo. "Queremos mostrar o potencial positivo da IA, além dos temores de desigualdade ou perda de empregos", acrescentou um representante da UIT.
Entre as atrações da exposição está um táxi voador autônomo, desenvolvido pela empresa chinesa Ehang, já em operação comercial em três cidades asiáticas.
"É o único no mundo autorizado a transportar pessoas", disse Ricardo Ortega, vice-presidente da Ehang para Europa e América Latina.
Outra apresentação notável é a do grupo Big Ocean, formado por artistas com deficiência auditiva, que compartilharão sua experiência desenvolvendo uma música de K-pop com voz sintética baseada em suas próprias gravações.
“Quebramos muitas barreiras graças à IA”, declararam seus membros.
Há também casos como o de Rodrigo Hübner Mendes, o primeiro paraplégico a pilotar um carro de corrida usando apenas a mente. "Isso foi possível graças a sensores cerebrais e algoritmos que interpretam meus pensamentos", explicou.
Enquanto isso, a medalhista paralímpica britânica Charlotte Henshaw falará sobre o uso de inteligência artificial para otimizar seu desempenho atlético.
“Esses sistemas me ajudaram a identificar padrões e corrigir falhas invisíveis”, disse o atleta.
Também participarão do evento 120 crianças inventoras de 25 países, finalistas de uma competição de robótica para auxílio em desastres. "Elas criaram soluções extraordinárias para emergências da vida real", relatou Werner. Entre as propostas está o Nuka, uma foca robótica com funções terapêuticas que, segundo seu criador, Takanori Shibata, "reduz o estresse e melhora o bem-estar mental dos pacientes".
Num relance
Canção inclusiva
Um grupo de K-pop formado por jovens surdos desenvolve uma música com IA, combinando inovação tecnológica e performance artística.
Crianças inventoras
Crianças entre 10 e 18 anos estão apresentando robôs autônomos de emergência em uma competição internacional organizada pela União Internacional de Telecomunicações.
Selo terapêutico
Nuka, um robô em forma de foca, ajuda pessoas com doenças mentais a reduzir o estresse e a necessidade de medicamentos.
Condução mental
Rodrigo Hübner Mendes conta como conseguiu pilotar um carro de corrida com a mente.
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