Combustíveis, dólar e juros impulsionaram um forte aumento nos custos de logística.

Em julho, os custos do transporte de cargas subiram 4,03%, o maior aumento de 2025, impulsionados pelo dólar, juros e combustível, segundo a Fadeeac.
O custo de transporte de um caminhão no país subiu 4,03% em julho, atingindo o maior aumento de 2025 e dos últimos doze meses, segundo o Índice de Custo de Transporte (ICT) elaborado pela Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte de Cargas (FADEEAC).
O aumento da logística terrestre pelo sétimo mês refletiu uma aceleração em relação a junho, quando a alta foi de 2,56%, e maio, com 0,8%. Até o momento, em 2025, o ICT acumula alta de 18,6%, com variação anual de 32,6%, bem abaixo dos 84,9% registrados ao final de 2024 e dos 248% de 2023, o maior em três décadas.
O FADEEAC atribuiu o salto de julho à combinação de aumentos em setores-chave, ao impacto das taxas de juros e à forte queda do dólar —tanto oficial quanto paralelo—na última semana do mês.
O relatório, que analisa 11 categorias que afetam diretamente as empresas de transporte de cargas, indicou que o maior aumento foi registrado em Custo Financeiro, com 8,82%, vinculado à restrição de crédito e à instabilidade macroeconômica. Material Rodante veio em seguida, com aumento de 6,22%, o maior aumento anual nessa categoria.
Nos combustíveis, principal insumo do setor, foram aplicados dois reajustes, resultando em um aumento mensal de 4,51%. Somado a junho, o diesel acumula alta de 8,3% em dois meses. Apesar disso, o diferimento do reajuste de impostos específicos estabelecido pelos decretos 441/25 e 522/25 permanece em vigor e será prorrogado até agosto.
A categoria Pessoal-Motorista subiu 4,18% devido ao pagamento da segunda parcela do acordo coletivo de trabalho vigente entre junho e agosto, o que também impulsionou aumentos em Reparos (5,54%) e Despesas Gerais (2,52%).
Pedágios tiveram um reajuste mínimo de 0,19%, enquanto Pneus, Seguros, Lubrificantes e Placas permaneceram inalterados no período.
Diante desse cenário, a FADEEAC alertou que a dinâmica dos custos continua sendo influenciada por variáveis macroeconômicas instáveis e fatores sazonais do setor, que pressionam a estrutura de preços do transporte de cargas em todo o país.
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