Edomex, Nuevo León e Jalisco mostram a cara no mercado de trabalho formal

A fragilidade do mercado de trabalho formal do país atingiu seu nível mais baixo em mais de duas décadas, excluindo recessões; no entanto, estados como o Estado do México, Nuevo León e Jalisco se destacam nesse cenário sombrio.
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Bem-Estar Social (STPS), 87.287 empregos segurados foram criados no Instituto Mexicano de Previdência Social (IMSS) durante o primeiro semestre de 2025.
Esse patamar representou o pior resultado para o mesmo período desde 2020, quando a pandemia destruiu 921.583 empregos formais; o quinto desde 2009, também ano de recessão, quando 306.942 empregos foram perdidos.
Ou seja, supera apenas períodos de crise. Aliás, excluindo esses períodos, foi a menor geração de empregos formais desde 2003, quando 38.325 trabalhadores estavam registrados no IMSS no primeiro semestre do ano.
Nos primeiros seis meses do ano, houve um aumento acumulado de 87.287 empregos formais registrados no Instituto Mexicano de Previdência Social (IMSS), equivalente a um aumento de 0,39%. Desde que essas informações foram registradas, taxas menores de criação de empregos formais privados foram observadas no primeiro semestre do ano apenas em três ocasiões: em 2020, quando caiu 4,51% devido à crise pandêmica; em 2009, quando caiu 2,16% durante a Grande Recessão; em 2003, quando cresceu apenas 0,31%; e em 2001, quando caiu 0,15%”, explica o Banco Base.
Embora os declínios nos primeiros semestres de 2001 e 2003 não coincidam com anos de recessão no México, acrescenta o grupo financeiro, o período é reconhecido como de crescimento estagnado, associado à recessão das "pontocom" nos Estados Unidos (março-novembro de 2001), da qual houve uma recuperação lenta.
No nível subnacional, dos 32 estados, 19 criaram empregos formais, com o Estado do México liderando com 42.453 trabalhadores; Nuevo León (28.202) e Jalisco (16.846) completaram os três primeiros.
Apenas a Cidade do México, que perdeu 15.274 empregos garantidos no Instituto Mexicano de Previdência Social (IMSS), está ausente deste grupo. Quintana Roo, Guanajuato, Baja California Sur e Querétaro também se destacam nas faixas superiores.
No outro extremo, Sinaloa viu o declínio mais acentuado, com 36.068 demissões, embora seja importante destacar que, devido ao ciclo agrícola, o primeiro semestre de cada ano é negativo.
Este território, invadido pela insegurança, foi seguido pela Cidade do México, Veracruz, Oaxaca, Tabasco, Campeche, Zacatecas, Coahuila, Chiapas, Nayarit, Morelos, Michoacán e Puebla. Em Veracruz o efeito é, como em Sinaloa, estacionário.
As exceções
Em comparação com o primeiro semestre de 2024, ocorreram apenas três casos de aceleração na criação de empregos formais no México, o que significa que mais empregos foram criados este ano do que no ano anterior: Aguascalientes, Baja California Sur e Colima.
O Banco Base está preocupado com o fato de que as taxas observadas para empregos segurados pelo IMSS sejam comparáveis apenas a tempos de crise.
“No entanto, também é importante ter em mente que uma desaceleração na criação de emprego é normal quando a economia está próxima do pleno emprego, algo que se pode argumentar dado que a taxa de desemprego estimada pelo INEGI está próxima de mínimos históricos”, observa.
Eleconomista