UE, vitória de Pirro, no campo de tomate

A força política nos Estados Unidos prevaleceu, e os produtores mexicanos de tomate terão que pagar uma tarifa de 17% sobre suas exportações para aquele país.
Os produtores de tomate da Flórida marcam um tremendo home run e as corridas estão prestes a ser contadas.
O protecionismo avança em favor dos agricultores americanos.
Penaliza a eficiência e a produtividade dos produtores mexicanos.
Embora os produtores de tomate de Miami estejam comemorando em campo, nenhuma comemoração correspondente pode ser ouvida nas arquibancadas.
Os consumidores americanos serão os que acabarão pagando as tarifas que o governo impôs aos produtores mexicanos de tomate.
Além disso, no México, a bola rápida lançada pelo presidente Donald Trump atingirá com força total o estado de Sinaloa, onde serão registradas as maiores perdas de empregos no México.
Os produtores de tomate da Flórida receberam o que esperavam há muito tempo: o apoio total do seu presidente, o republicano Trump.
A equipe mexicana não conseguiu superar o atual poder político dos produtores de tomate americanos.
Sete grandes grupos mexicanos de tomate serão os que pagarão o preço.
Segundo relatório do Grupo de Consultores de Mercado Agrícola, liderado por Juan Carlos Anaya, as margens antidumping atribuídas variam de 2,81% (a mais baixa) a 273,43%, que serão pagas por quatro dos sete grupos que terão que pagar a tarifa.
Os quatro mais afetados são: 1. Arturo Lomelí Villalobas; 2. Ranchos Los Pinos; 3. Agrícola Yory; e 4. Eco-Cultivos.
Eles são seguidos por Ernesto Fernando Echavarría Salazar e Tamazula Administrador Hortícola com margens antidumping de 26,39 e 18,58%, respectivamente.
Quem tem a menor margem é San Vicente Camalu com 2,81%.
Esta é uma vitória de Pirro para os produtores de tomate da Flórida.
Um fato adicional é que a tarifa antidumping não se aplica a tomates destinados ao processamento industrial, como enlatados ou desidratados.
Os produtores mexicanos de tomate produzirão 3,6 milhões de toneladas de tomates até o final deste ano; eles ocupam o oitavo lugar no mundo em produção de tomate.
Os produtores mexicanos exportam 60% de sua produção para o exterior, principalmente para os Estados Unidos (mais de 99%).
Em 2024, eles exportaram 1,87 milhão de toneladas métricas, no valor de US$ 2,37 milhões, o maior valor em uma década.
Com essa tarifa, os produtores de tomate enfrentam um grande desafio. Veremos.
México mantém a calma diante da tarifa de 30% dos EUA
A presidente mexicana Claudia Sheinbaum expressou confiança de que um acordo com o governo dos Estados Unidos pode ser alcançado antes que a tarifa geral de 30% sobre as exportações mexicanas entre em vigor.
Durante a coletiva de imprensa matinal, a Chefe do Executivo comentou que o México não é o único país a receber uma carta anunciando a implementação de uma tarifa. Ela observou que isso faz parte da política do governo do presidente Donald Trump.
No entanto, é importante lembrar que as cartas enviadas pelo presidente Trump são direcionadas aos países que aplicam tarifas aos EUA. Elas fazem parte do que ele chamou de tarifas recíprocas.
O México não estava nessa lista. Além disso, foi impressionante que o presidente dos EUA tenha enfatizado que o México não fez o suficiente para combater o tráfico de fentanil.
É verdade que o governo Sheinbaum se esforçou e capturou e extraditou um grande grupo de traficantes de drogas. Também é verdade que, como o presidente Trump reconheceu, o México tem sido diligente em conter a migração para os Estados Unidos.
No entanto, parece que o governo dos EUA quer mais do México.
Com base no que a Presidente do México declarou publicamente, ela manterá sua política de cooperação, diálogo e coordenação, mas sem subordinação.
Resta saber se será possível progredir nesse caminho.
Vislumbres
Em resposta aos diversos alertas dos setores industrial, acadêmico e especializado sobre a falta de energia elétrica para empresas e comércios e às crescentes sugestões de mudanças nos cronogramas de produção, o governo mexicano responde que não há nenhum problema grave.
O presidente do México minimizou as alegações a esse respeito.
A Comissão Federal de Eletricidade, chefiada por Emilia Calleja, e o Centro Nacional de Controle Energético (Cenace) garantiram que não foi necessário desconectar os usuários, pois foram mantidas condições suficientes de margem de reserva no sistema.
Ele afirma que eles tomaram várias ações para garantir a disponibilidade e a confiabilidade do fornecimento de eletricidade para todos os setores do país.
Dados oficiais indicam que, neste ano, a margem de reserva operacional no Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu, em média, mais de 12%, e em seu ponto mais crítico, em maio, atingiu 9,69%. Isso é verdade?
Eleconomista