'A estupidez de Zelensky': Presidente Petro critica acordo EUA-Ucrânia
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O presidente Gustavo Petro criticou amplamente o acordo alcançado por Donald Trump e Volodomir Zelensky sobre a gestão de recursos minerais. Os Estados Unidos terão o controle de 50% da produção de minerais, gás natural e petróleo da Ucrânia em troca da ajuda fornecida em 2022 e como forma de garantir que a assistência à segurança continue.
Para o presidente colombiano, a atitude é um sinal de “estupidez” e ele chegou a dizer que o presidente ucraniano está entregando seu país e que sua guerra com a Rússia foi devido à manipulação da Europa Ocidental.
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Trump negou ter pressionado seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky (i). Foto: Efe
“A estupidez de Zelensky, e digo isso claramente, por se deixar manipular pelos europeus ocidentais, que não sabem para onde estão indo, se em direção a Hitler, ou em direção ao nada; "Eles lutam com seus irmãos eslavos e acabam entregando a Ucrânia aos americanos", foi a mensagem de Gustavo Petro sobre o acordo que será assinado na próxima sexta-feira.
O acordo alcançado por Donald Trump com o presidente ucraniano implicaria que toda a exploração de minerais, petróleo e gás natural teria 50% de participação dos Estados Unidos em um fundo de investimento conjunto no qual os Estados Unidos teriam maior poder de decisão.
Segundo Trump, com este acordo, a Ucrânia começa a compensar a ajuda militar que os Estados Unidos forneceram, perto de 350 mil milhões de dólares, e também obtém uma garantia de mais ajuda em segurança “e o direito de continuar a lutar”.
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Gustavo Petro, em discurso na Assembleia Geral da ONU. Foto: ONU
Vale lembrar que o presidente dos EUA tem se aproximado do presidente russo, Vladimir Putin, na tentativa de acabar com a guerra na Ucrânia. No entanto, eles negociaram condições bastante desvantajosas para o país invadido desde 2022.
O presidente Gustavo Petro, por sua vez, tem sido crítico à guerra na Ucrânia e, nos primeiros anos de seu mandato, chegou a propor uma conferência de paz para negociar o fim dela. Ele até compareceu à conferência de segurança de Munique em 2023 para apresentar a proposta.
Juan Sebastián Lombo Delgado
eltiempo