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Em carta, 80 entidades do país alertam para riscos às instituições e pedem união.

Em carta, 80 entidades do país alertam para riscos às instituições e pedem união.
Um dia depois de milhares de colombianos irem às ruas para marchar silenciosamente pela vida, contra a violência e em defesa da democracia, mais de 80 organizações em todo o país — incluindo associações empresariais, universidades, think tanks e grupos sociais — publicaram uma carta aberta pedindo unidade nacional, "após semanas marcadas por novos atos de violência".
"Como a Colômbia se sente hoje?" Essa pergunta abre a carta, um documento que surge em um contexto de crescente tensão política e eventos que, segundo os signatários, têm despertado o alarme institucional. Eles mencionam o assassinato de um candidato à presidência, ataques a autoridades policiais e o controverso decreto presidencial que convoca um referendo, apesar da rejeição do Congresso.
Embora reconheçam um clima de medo e incerteza, os signatários da carta pedem a todos que "não permaneçam nas sombras". "A esperança também se aninha no coração de 50 milhões de colombianos. Testemunhamos isso com a Marcha Silenciosa", afirmam.
Eles também ressaltam que o país precisa de uma visão comum que renove seu compromisso com as instituições, o respeito às regras e a participação democrática.

Marcha silenciosa na Praça Bolívar. Foto: Nestor Gómez. O TIEMPO

O texto convoca explicitamente os poderes públicos a agirem com responsabilidade neste momento: o Conselho de Estado e o Tribunal Constitucional são chamados a atuar como guardiões da lei; o Congresso é chamado a construir acordos sem populismo; a Força Pública é chamada a garantir a segurança de candidatos e eleitores; e o Registro é chamado a garantir eleições livres e transparentes em 2026.
"A segurança não tem ideologia", acrescentam na carta, pedindo garantias para todos os atores políticos, independentemente de sua filiação. O documento conclui com uma mensagem aos líderes políticos e sociais: pedem que ouçam, liderem sem medo e se comprometam com o bem comum.
A carta foi assinada por organizações como ANDI, Proantioquia, Federação Nacional de Cafeicultores, Transparência para a Colômbia, Associação de Bancos de Alimentos, universidades e think tanks, entre outros.
Este é o conteúdo completo da carta:
UMA CARTA AOS COLOMBIANOS
Unidos pela proteção da democracia e contra a violência. Como a Colômbia se sente hoje?
Fazemos essa pergunta a nós mesmos depois de algumas semanas marcadas por novos atos de violência: o ataque a um candidato presidencial¹ — ecos dos nossos tempos mais sombrios — combinado com vários atos de violência contra civis, policiais e militares, e um decreto presidencial convocando um referendo sem cumprir as regras constitucionais do jogo.
Embora alguns aproveitem esses momentos para dividir, assustar, ameaçar e chantagear, queremos nos perguntar o que nós, colombianos, temos em comum, como podemos semear a esperança.
Primeiro, precisamos reconhecer as sombras. Há uma sensação de incerteza, angústia e medo, além dos desafios sociais que ainda enfrentamos como nação. Uma sensação de desamparo, de um futuro incerto. E uma sociedade sem futuro é uma sociedade em uma espécie de depressão coletiva, abandonada à própria sorte.
Em segundo lugar, precisamos lançar alguma luz sobre essa sombra. A esperança também reside no coração de 50 milhões de colombianos. Testemunhamos isso com a Marcha Silenciosa. Independentemente de convicções políticas, status social ou região, a Colômbia precisa de uma visão positiva para o futuro que renove o compromisso e mobilize a todos.
O desenvolvimento de um país depende do cultivo cuidadoso da confiança, e somente em um contexto de confiança podemos erradicar a violência, respeitar o meio ambiente, criar empregos, oferecer oportunidades, curar feridas e abrir novos caminhos.
Não é ignorando a ordem institucional ou as regras de uma democracia que governamos para todos. As instituições que resistem às tempestades são as que constroem o futuro; os sonhos compartilhados de um país são o resultado de uma democracia saudável e vibrante, de regras tecidas com a paciência de décadas. A mudança social deve emergir de dentro das instituições, nunca contra elas.
A democracia está em risco. Está em risco quando não é seguro participar, quando ser candidato é sinônimo de risco de vida. Está em risco quando as leis e a Constituição não são mais respeitadas, quando o equilíbrio é rompido e os papéis dos poderes públicos são violados.
É por isso que cercamos e apoiamos as instituições e seus líderes para que cada um deles faça a sua parte em meio a esta crise:
• Ao Conselho de Estado e ao Tribunal Constitucional para servirem como um farol ético na proteção da Constituição e da lei.
• Ao Congresso para que busque, diante das divergências, acordos mínimos, com responsabilidade e sem populismo.
• Às forças públicas para proteger candidatos e eleitores em todas as regiões.
• Ao Cartório de Registro de Imóveis para atuar e garantir a transparência e eficiência do processo eleitoral de 2026.
Precisamos de eleições livres e seguras em 2026. Os líderes políticos devem dar o exemplo e cumprir a lei. O Estado deve garantir a participação democrática; proteger a vida e a segurança de todos os colombianos é um dever inescapável. Segurança não tem ideologia.
Como transformar angústia em esperança?
Com líderes que defendem a democracia, que têm a coragem de estabelecer limites, que ouvem as diversas vozes de um país grande e complexo, que não têm medo de liderar, de receber críticas e que assumem seu papel transcendental em um momento histórico.
Eles perceberão que, fazendo a coisa certa, apoiando-os, apoiando-os, há milhões de cidadãos, milhares de organizações sociais, acadêmicas, empresariais e comunitárias que estão repetindo em alto e bom som: mais esperança, mais democracia!
Um convite a todos os colombianos para se unirem em torno da preservação da democracia. Uma reflexão para o país ao qual aderimos:
• ABACO - Associação de Bancos de Alimentos da Colômbia
• ACM - Associação Colombiana de Mineração
• Câmara Colombiana de Infraestrutura
• Centro de Estudos em Democracia e Assuntos Eleitorais (CEDAE)
• Grupo de reflexão da Universidade EIA
• Centro de Valor Público EAFIT
• Citurna Produções e Fundação Imaginário
• Comitê de Guildas de Tolima
• Comitê Intersindical de Antioquia
• Comitê Intersindical de Bogotá
• Comitê Intersindical do Atlântico
• Comissão Intersindical de Magdalena
• Comissão Intersindical e Empresarial do Vale do Cauca
• Confederação Colombiana de ONGs
• Conselho Sindical Nacional
• Conselho Privado de Competitividade
• Consultores de Direitos Humanos
• Corporação de Conexões Criativas
• Corporação Liberdade e Democracia - CORLIDE
• Corporação ProCentrismo
• Criar Criações Educacionais
• Empresários pela Educação
• Antigo Instituto de Políticas Abertas
• Federação Antioquenha de ONGs. FAONG
• Federação Nacional dos Cafeicultores
• Federação Nacional dos Representantes Estudantis FENARES
• FUNCICAR - Fundação Cívica
• Fundação Berta Martínez
• Fundação Ideias para a Paz
• Rede de Liderança da Fundação Origen
• Fundação do Estado de Direito
• Fundação para a Reconciliação
• Grupo Internacional de Paz
• Instituto de Ciência Política - Hernán Echavarría Olózaga
• Liberais Progressistas da Colômbia
• María Reina Consultores “Do ser ao fazer”
• Tabela de Associações de Usuários de Saúde
• Observatório Nacional das MPMEs
• Soluções Path & People
• Líder do Programa de Liderança Pública
• Sociedade Colombiana de Arquitetos
• Sociedade Colombiana de Agricultura SAC
• Transparência para a Colômbia
• Unidade de Ação Valle del Cauca
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