O ex-ministro da Defesa Iván Velásquez foi empossado como embaixador da Colômbia no Vaticano.

Nesta terça-feira , Iván Velásquez foi empossado como embaixador da Colômbia no Vaticano . O ex-ministro da Defesa do presidente Gustavo Petro substituirá Alberto Ospina Carreño nessa missão.

"Com esta designação, o país reforça sua representação diplomática junto ao Vaticano, no âmbito de uma política externa centrada no diálogo, nos direitos humanos e na paz ", afirmou o Ministério das Relações Exteriores em um breve tuíte em sua conta oficial no X.

A nomeação de Velásquez como representante oficial junto à Santa Sé foi divulgada em março. Naquela época, Francisco enfrentava uma situação de saúde complicada devido a problemas respiratórios.

Agora, Velásquez chega a Roma para o novo mandato de Leão XIV como a mais alta autoridade da Igreja Católica. Em uma breve mensagem, o Ministério das Relações Exteriores emitiu um comunicado após a eleição do Cardeal Robert Francis Prevost como novo papa. A nomeação foi celebrada e o desejo de fortalecer as relações entre a Colômbia e o Vaticano foi expresso.

"Da cidade das lutas operárias de 1886, da reivindicação dos direitos trabalhistas, vem Leão XIV para dizer hoje que o legado da Doutrina Social de Leão XIII e de Francisco será fortalecido pelo que, disse ele, deve ser sempre a Igreja próxima dos que sofrem", foi a reação de Velásquez.

Velásquez é natural de Medellín e estudou Direito na Universidade de Antioquia. Ele também esteve envolvido na investigação judicial sobre a chamada "parapolítica" e atuou como comissário das Nações Unidas contra a corrupção.

O ex-comissário da ONU atuou como promotor departamental de Antioquia de 1991 a 1994. Nessa posição, ele conduziu investigações relacionadas à tortura realizada por agências como a Unidade Antissequestro (UNASE); execuções extrajudiciais cometidas por forças públicas; e abusos contra a população civil.

Como Ministro da Defesa, enfrentou duras críticas pela escalada de violência no país e pelo fortalecimento de grupos armados ilegais , especialmente em regiões como Catatumbo e Micay.

Durante a cerimônia de reconhecimento das tropas ao novo Ministro da Defesa, General aposentado Pedro Sánchez, o presidente Gustavo Petro observou que Velásquez, antecessor de Sánchez, deixou o cargo por motivos pessoais e para "se abrigar" com sua família.

Recentemente, a Procuradoria-Geral da Guatemala anunciou que a Terceira Câmara de Apelações, que está lidando com o escândalo de corrupção relacionado à Odebrecht, ordenou mandados de prisão internacionais para vários ex-funcionários e advogados da extinta Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (CICIG), incluindo o ex-ministro da Defesa e atual embaixador no Vaticano, Iván Velásquez, e a atual procuradora-geral Luz Adriana Camargo.

Em comunicado publicado nas redes sociais, o governo colombiano expressou sua preocupação e condenou o mandado de prisão. Segundo o comunicado, a ação carece de base legal e "viola os princípios fundamentais da justiça internacional".

Juan Pablo Penagos Ramirez