Os Estados Unidos hesitam em compartilhar segredos com a Espanha sobre o acordo com a Huawei.

A China está interferindo nas relações entre a Espanha e os Estados Unidos. Legisladores dos comitês de inteligência do Senado e da Câmara dos Representantes dos EUA solicitaram que a principal autoridade de inteligência, Tulsi Gabbard, revise a troca de informações confidenciais com a Espanha para garantir que segredos não acabem vazando para o Partido Comunista Chinês, o poder absoluto no país.
Eles temem que a Espanha exponha dados sensíveis de seus aliados à China. A fonte dessa suspeita reside no fato de que o Ministério do Interior espanhol, chefiado por Fernando Grande-Marlaska, concedeu à Huawei, empresa chinesa de telecomunicações, o contrato para gerenciar o armazenamento de grampos judiciais. O acordo, por € 12,5 milhões, envolve a guarda digital dos resultados de grampos judiciais.
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O governo espanhol confirmou nesta sexta-feira que utiliza a Huawei para essa espionagem e descartou qualquer perigo. "Não há risco de segurança", disseram fontes do ministério. "O contrato atende aos níveis exigidos pelo Marco de Segurança Nacional, estabelecido por autoridades de certificação independentes", enfatizaram.
Isso ocorreu depois que autoridades de inteligência no Capitólio, em Washington, o senador Tom Cotton e o deputado Rick Crawford, pediram uma revisão do relacionamento com Madri. "Isso é quase inimaginável; a Espanha está brincando com fogo", disse Crawford.
Junts fez várias perguntas ao painel do Congresso sobre este contrato.
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