“É urgente estabilizar o país”: o chefe do empresariado da Côte d'Azur reage à queda do governo de Bayrou

"Esperávamos, mas ainda assim são más notícias", lamenta Franck Cannata, presidente da União das Empresas dos Alpes Marítimos (UPE06).

A queda do governo Bayrou traz consigo a sua quota de incertezas e falta de visibilidade sobre o futuro , "com todas as consequências para os investimentos que isso pode gerar. Continuamos a ficar atrás dos nossos vizinhos, especialmente da Itália e da Espanha. Eles estão a avançar e nós estamos a marcar passo", diz ele, irritado. Especialmente porque o orçamento deve ser votado antes de 31 de dezembro, "em menos de três meses. É urgente estabilizar o país; não podemos continuar por muito tempo nesta crise económica".

O problema, de acordo com Franck Cannata, é que precisamos de um primeiro-ministro que tenha a coragem de implementar reformas duras para reanimar a economia.

Mas sem maioria, é difícil governar, exceto construindo consenso. No entanto, consenso e reformas severas não combinam. O presidente Macron, ele acredita, está em um dilema insolúvel, porque correr o risco de dissolução significa perder a pouca confiança que ainda lhe resta e impulsionar os extremistas. E isso não fará nada de bom para as empresas.