Guerra Israel-Irã: Por que os preços do petróleo podem aumentar moderadamente

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Quase todas as exportações de petróleo iraniano têm como destino a China, o que limita o risco de uma alta nos preços. Somente o fechamento do Estreito de Ormuz bloquearia as exportações de outros países do Golfo e desencadearia uma crise.

Refinaria de petróleo de Haifa, em Israel, neste domingo, 15 de junho de 2025. (Ahmad Gharabli/AFP)

Após três dias de ataques israelenses ao Irã , o preço do barril de petróleo subiu 15%, para uma média de US$ 75, o que permanece moderado, considerando os níveis historicamente baixos alcançados nas últimas semanas. "Se o preço se mantiver em US$ 75, o aumento no preço do litro da gasolina poderá chegar a 8 centavos", estima Jean-Louis Schilansky, ex-presidente do Sindicato Francês das Indústrias do Petróleo. Essa moderação se explica pelo fato de as exportações de petróleo iraniano, de 1,5 a 2 milhões de barris por dia, serem afetadas pelas medidas de proibição americanas, restabelecidas desde 2018.

Em suma, qualquer país que comercialize essa commodity com Teerã está sujeito a sanções. Por assumir o risco anteriormente, o banco francês BNP Paribas foi multado em quase US$ 10 bilhões em 2014. Como resultado, a China é praticamente a única cliente do petróleo iraniano. Em caso de interrupção das exportações iranianas, ela teria, portanto, que recorrer a outros fornecedores, com o risco de pressões de preços. Nesse caso, os Estados-membros da Organização