Inundações na China, Colômbia, Guerra na Ucrânia, Rachida Dati: as notícias da noite

Pelo menos 30 mortos em chuvas torrenciais em Pequim. Citando o centro municipal de controle de enchentes, a agência de notícias oficial Xinhua informou na terça-feira que chuvas "contínuas extremamente fortes" causaram "desastres graves", explicando que o distrito de Miyun, no nordeste do município de Pequim, teve o maior número de vítimas. Os distritos de Huairou, no norte de Pequim, e Fangshan, no sudoeste da cidade, também foram seriamente afetados, de acordo com a mídia. "Atualmente, um total de 80.332 pessoas foram deslocadas" devido ao mau tempo, informou o jornal local Beijing Daily na plataforma WeChat. De acordo com o município de Pequim, "o fluxo máximo de água que entra no reservatório de Miyun - o maior projeto de conservação de água no norte da China, que abastece principalmente a capital - atingiu 6.550 metros cúbicos por segundo no domingo, o maior fluxo registrado neste rio desde 1951", relata o South China Morning Post .

Colômbia: Ex-presidente Álvaro Uribe é considerado culpado de adulteração de testemunhas. Em uma audiência na segunda-feira em Bogotá, o tribunal decidiu que o ex-chefe de Estado colombiano tentou pressionar uma testemunha para evitar ser associada às milícias de extrema direita que travaram uma guerra sangrenta contra a guerrilha. Também acusado de fraude processual, o ex-líder pode pegar até 12 anos de prisão. Uribe pode, no entanto, recorrer. "Esta decisão marca um dia histórico, pois é a primeira vez na história moderna da Colômbia que um ex-presidente foi condenado", observa o El País . A decisão judicial de segunda-feira é um golpe para a liderança de direita da Colômbia antes das eleições presidenciais de maio de 2026. O ex-líder, que afirma ser inocente, acredita que se trata de um julgamento político motivado pelo desejo de "vingança" da esquerda, da antiga guerrilha das FARC e do ex-presidente Juan Manuel Santos, signatário do acordo que desarmou as FARC em 2017. Washington, por sua vez, denunciou na segunda-feira a "instrumentalização do judiciário" por "juízes radicais".

Trump dá a Putin de 10 a 12 dias para encerrar a guerra na Ucrânia. O presidente americano Elevou a voz novamente na segunda-feira contra seu homólogo russo durante uma reunião na Escócia com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer. "Não há motivo para esperar. Não estamos vendo nenhum progresso", lamentou o republicano. Ele disse que estava considerando sanções "secundárias" , ou seja, sanções contra países que compram produtos russos, como hidrocarbonetos, a fim de secar as receitas de Moscou. Trump disse estar "muito decepcionado" com Putin, que continua seus ataques na Ucrânia. "Toda vez que penso que isso vai parar, ele mata pessoas", comentou, acrescentando: "Não estou realmente interessado em falar mais com ele". A CNN , no entanto, está "cética". Diante deste novo prazo imposto por Trump, o republicano "regularmente promete algo 'em duas semanas', sem nunca cumprir", lembra o jornalista Aaron Blake em uma análise publicada no site do canal. "Isso é particularmente verdadeiro na questão russa, onde Trump impôs a si mesmo uma série de prazos" de 15 dias , "que ele então deixou passar — antes de passar para 50 dias, e agora para 10 a 12 dias", observa.

Eleição suplementar em Paris: O Partido Republicano nomeia Michel Barnier como seu candidato. "As tensões estão aumentando dentro dos republicanos em Paris", observa o site marroquino Yabiladi . O comitê de nomeação do partido de direita decidiu na segunda-feira apresentar o ex-primeiro-ministro na eleição do 2º distrito eleitoral da capital. A ministra da Cultura da LR, Rachida Dati, por sua vez, disse ao Le Parisien antes da reunião que ela seria uma candidata "não importa o que acontecesse", acusando Michel Barnier de concorrer para servir "ambições presidenciais". "Determinada, a ex-ministra da Justiça está destacando suas raízes locais e seu trabalho como oponente na Prefeitura de Paris", observa Yabiladi. Tentando desempenhar o papel de apaziguamento, a presidente da LR da região de Ile-de-France, Valérie Pécresse, disse na saída da comissão de investidura que "lamentava" essas duas candidaturas e pediu um "acordo ganha-ganha" para que Dati pudesse ser candidata em Paris e Barnier na eleição legislativa parcial.