Ficção científica realmente boa: Império da Aurora, de Jay Kristoff; Gelo, de Jacek Dukaj; Deuses Lentos, de Claire North.

Estamos de volta para a terceira parte da vida – mas principalmente da morte – no império crepuscular de Elidean.

Sob um céu sem sol, exércitos de vampiros, metamorfos e outros monstros diversos vagam pela terra em busca de sangue e dominação.

Gabriel de Leon, nosso herói surrado, indestrutível e meio vampiro, está de volta.

Sua missão? Impedir que os exércitos dos mortos, liderados pelo monstruosamente vil Fabien Voss, tomem Augustin, a capital e a única esperança para o futuro.

No caminho? Praticamente tudo que precisa ser cortado, dilacerado, golpeado e partido ao meio.

Também há muitos palavrões e bebidas (principalmente vinho tinto) e uma pitada de esperança (veja o título). Outra epopeia sangrenta e brilhante, maravilhosamente brutal.

Gleissen, misteriosos ninhos de gelo, estão avançando para oeste a partir da imensidão da Sibéria, submergindo cidades em seu abraço gélido. Até mesmo a história sucumbiu ao grande congelamento – portanto, nada de Primeira Guerra Mundial ou Revolução Russa.

O eterno estudante Benedykt é enviado ao gélido Oriente em uma missão secreta a bordo do Expresso Transiberiano. É sua porta de entrada para um mundo de intrigas e contra-intrigas, onde espiões, excêntricos e cientistas são atraídos pelos mistérios do gelo.

Poderoso, implacável, sem pressa, este trabalho extraordinário do aclamado autor polonês é glacial – no melhor sentido da palavra. Ele deslumbra e cativa ao esculpir um novo mundo de ciência, história e pura imaginação.

Enquanto uma civilização misteriosa traz notícias de uma catástrofe iminente causada por uma supernova, algumas potências galácticas se dedicam à evacuação de bilhões de pessoas de planetas ameaçados, enquanto outras disputam posições com seus rivais – a política como sempre.

Os eventos são vistos principalmente pelos olhos de Mawukana na-Vdnaze, um piloto espacial com um talento único, mas como viajar pelos espaços vazios do vácuo o transformou?

Em um nível, Slow Gods narra a metamorfose de um homem humilde, de escravo da dívida a vingador quântico místico e implacável. Em outro, é uma vasta obra-prima tragicômica sobre amor, perda e boas maneiras diante da morte certa e inevitável.