PIB do Brasil acelera: agricultura impulsiona crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025

A economia brasileira experimentou uma aceleração notável no primeiro trimestre de 2025, expandindo 1,4% em comparação aos últimos três meses de 2024. Esse crescimento, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi impulsionado significativamente pelo desempenho robusto do setor agrícola.

A economia brasileira mostrou sinais de vigor renovado no início de 2025. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,4% durante o primeiro trimestre (janeiro-março) em comparação ao trimestre imediatamente anterior (outubro-dezembro de 2024), período em que o crescimento havia sido modesto, de 0,2%. O número, divulgado nesta sexta-feira, 30 de maio, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), superou algumas expectativas do mercado.

O principal impulsionador dessa aceleração foi o setor agropecuário, que registrou um crescimento expressivo de 12,2% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao quarto trimestre de 2024. Esse dinamismo do campo brasileiro, um dos pilares da economia, foi fundamental para o resultado geral do PIB. Em contrapartida, o setor de serviços teve um crescimento mais moderado, de 0,3%, enquanto a indústria apresentou uma leve contração de -0,1% na mesma comparação trimestral.

Em comparação ao mesmo período do ano passado (primeiro trimestre de 2024), o PIB brasileiro cresceu 2,9%. No acumulado do ano até março de 2025, a economia brasileira cresceu 3,5%.

Da perspectiva da demanda, o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2025 foi impulsionado principalmente pelo consumo das famílias, que aumentou 1,0% em comparação ao trimestre anterior. A Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) também teve desempenho positivo, crescendo 3,1%. Enquanto isso, os gastos do governo permaneceram relativamente estáveis, aumentando em 0,1%. No setor externo, tanto as exportações quanto as importações registraram aumentos. As exportações de bens e serviços cresceram 2,9%, enquanto as importações cresceram 5,9% em comparação ao último trimestre de 2024.

O governo do presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva, que assumiu seu terceiro mandato em um contexto de recuperação econômica pós-pandemia, mas com desafios fiscais decorrentes do aumento dos gastos sociais, revisou ligeiramente para cima suas projeções de crescimento para o ano inteiro de 2025. O Ministério da Fazenda agora espera uma expansão de 2,4% para o ano, um décimo acima de sua previsão anterior de 2,3%. Apesar dessa revisão para cima, a projeção oficial para 2025 ainda indica uma desaceleração em relação ao crescimento de 3,4% registrado em 2024. As estimativas do governo brasileiro são atualmente mais otimistas do que as de outras instituições importantes:

• O Banco Central do Brasil projeta crescimento de 1,9% para 2025.
• O mercado financeiro (segundo pesquisas do Banco Central) prevê expansão de 2,14%.
• O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê crescimento de 2,0% para a economia brasileira neste ano. O Banco Central sinalizou que espera um estímulo fiscal mais fraco e o impacto da política monetária restritiva em curso como fatores que podem moderar o crescimento em 2025 em comparação a 2024. A evolução da inflação, das taxas de juros e do cenário fiscal determinarão a trajetória econômica do Brasil nos próximos meses. A taxa de câmbio do euro em relação ao real brasileiro permaneceu relativamente inalterada este ano, oscilando em torno de 6,41 reais por euro no início das negociações em 30 de maio.

  O desempenho do setor agrícola continuará sendo vital, mas a diversificação e o fortalecimento da indústria e dos serviços serão cruciais para um crescimento mais equilibrado e sustentável a longo prazo.

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