Casal polonês ganha decisão judicial europeia após viagem desastrosa: 'Piscinas destruídas durante as férias'

Os dois tiveram férias terríveis na Albânia entre 1 e 8 de setembro de 2023. Eles esperam recuperar o valor total pago pela viagem (milhares de euros) da operadora de turismo por meio de um processo judicial. O Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu no final do mês passado que essa reivindicação é justificada. O tribunal polonês emitirá uma decisão final posteriormente, mas deve seguir a decisão de seus pares europeus.
O Tribunal de Justiça da União Europeia deixou claro para os dois que não poderiam desfrutar de suas férias despreocupadamente. O termo "férias em obras" assumiu um significado completamente diferente para eles. Durante os primeiros quatro dias de suas férias, foram atormentados por trabalhos de demolição que duravam das 7h30 às 19h30. Nesse ínterim, as piscinas, o calçadão à beira-mar e a orla pavimentada com acesso ao mar foram completamente demolidos.
Sem lanchesApós o quarto dia, o sofrimento ainda não havia terminado. Durante os últimos três dias da estadia, iniciou-se uma nova construção, adicionando um quinto andar ao hotel.
E não parou por aí. Devido ao número limitado de refeições, o casal polonês teve que esperar muito tempo na fila. Além disso, o serviço de lanches da tarde, embora incluído no pacote, foi cancelado.
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Segundo o Tribunal de Justiça da União Europeia, o casal tem direito ao reembolso integral porque "o desempenho inadequado é tão grave que o pacote deixou de cumprir sua finalidade e a viagem, objetivamente, deixou de ser interessante para o viajante". Em outras palavras, o inconveniente foi tão severo que as férias deixaram de ser agradáveis. O fato de terem se hospedado no hotel por uma semana e recebido algum serviço é irrelevante.
O casal também exige indenização. O recebimento da mesma depende do conhecimento prévio da operadora de turismo sobre a obra. Se a demolição fosse "inevitável e extraordinária" para a operadora, esta não seria obrigada a pagar indenização.
As atividades são conhecidas com antecedência?O Tribunal de Justiça da União Europeia observa, contudo, que a obra resulta de uma medida tomada por uma autoridade pública. "Essas medidas são geralmente tomadas de forma transparente e precedidas de alguma publicidade."
"Cabe, portanto, ao tribunal nacional determinar se o operador turístico ou o gestor da infraestrutura turística (ou seja, o proprietário do hotel) foi informado do procedimento que levou à decisão de demolição, ou mesmo se participou desse procedimento, ou se tinha conhecimento do conteúdo dessa decisão antes de sua implementação", prosseguiu o tribunal.
O tribunal polonês deve, portanto, emitir uma decisão final. Este tribunal deve, no entanto, seguir a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, explica Stefaan van der Jeught, porta-voz do Tribunal.
Segundo ele, o fato de o Tribunal de Justiça da União Europeia também estar analisando o caso está relacionado a uma diretiva europeia sobre viagens organizadas (voo e hotel) que visa proteger os viajantes. Essa diretiva se aplica porque a viagem foi comprada na Polônia e, portanto, dentro da União Europeia. Van der Jeught: "Assim, o tribunal polonês questionou o Tribunal de Justiça da União Europeia sobre o alcance da diretiva. Essa resposta já foi dada e agora deve ser aplicada."
Quando se trata de resorts e praias com tudo incluído, a Turquia é um dos principais destinos. Pelo menos, sempre foi. O vídeo abaixo mostra que as praias turcas estão mais vazias devido à inflação galopante:




