Moody's rebaixou a classificação de crédito dos EUA. Bessent: culpa de Biden

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse no domingo que tinha pouca fé na agência de classificação Moody's, que rebaixou a classificação de crédito dos Estados Unidos. O chefe do ministério também anunciou que a rede varejista Walmart assumirá parte dos custos relacionados às taxas alfandegárias.

A agência de classificação Moody's cortou na sexta-feira a nota máxima de crédito do governo dos EUA, citando a falha de governos sucessivos em conter o aumento da dívida.

"Eu realmente não acredito em um rebaixamento da Moody's", disse ele à CNN, chamando-o de um indicador "atrasado". Ele também expressou sua crença de que o rebaixamento da classificação de crédito estava relacionado às políticas de gastos governamentais adotadas pelo governo do ex-presidente Joe Biden.

"Não nos encontramos nesta situação nos últimos cem dias", disse o ministro. "Isso tem a ver com o governo Biden e os gastos que vimos nos últimos quatro anos e que herdamos", acrescentou. Ele garantiu que o governo Trump está determinado a cortar gastos e promover crescimento econômico.

Os republicanos da Câmara não conseguiram aprovar um pacote de cortes de impostos e gastos no Comitê de Orçamento na sexta-feira. O presidente da Câmara, Mike Johnson, anunciou que o trabalho no pacote continuará. A comissão deve se reunir novamente sobre o assunto na noite de domingo. Em entrevistas televisivas no domingo, Bessent enfatizou que o projeto de lei contribuiria para o crescimento econômico, mas, segundo alguns especialistas, aumentaria a dívida do estado.

O ministro também comentou neste domingo na NBC News sobre a decisão da rede de lojas Walmart de aumentar os preços das mercadorias devido às tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA. Ele disse que conversou com o CEO do Walmart, Doug McMillon, que lhe disse que a empresa absorveria parte dos custos resultantes das tarifas. Bessent negou ter pressionado o Walmart.

O próprio Trump escreveu nas redes sociais que o Walmart deveria arcar com o custo das tarifas em vez de culpá-las pelo aumento de preços. "Eu estarei observando (você), e seus consumidores também!" - ele alertou. A rede respondeu que "sempre trabalhou para manter os preços o mais baixo possível e continuará fazendo isso".

Comentando sobre a questão tarifária, Bessent disse que "com algumas exceções, os países estão apresentando propostas muito boas (aos EUA)". Ele anunciou que tarifas nos níveis anunciados por Trump no início de abril seriam aplicadas a países que não "negociassem de boa-fé". Ele também não descartou a possibilidade de os EUA aplicarem tarifas contra regiões inteiras em vez de países individuais. Em entrevista à CNN, ele admitiu que Washington está focado principalmente em acordos com 18 importantes parceiros comerciais dos EUA. (PAP)

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