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US$ 150 por barril de petróleo? Um cenário de pesadelo, também para os poloneses

US$ 150 por barril de petróleo? Um cenário de pesadelo, também para os poloneses
  • A ameaça mais séria pode ser a decisão do Irã de bloquear o Estreito de Ormuz, uma rota marítima fundamental para o comércio global de petróleo e gás. O parlamento em Teerã já considerou essa possibilidade.
  • Em um cenário extremo, os preços do petróleo poderiam subir para US$ 150 por barril e as interrupções no fornecimento poderiam durar muitos meses, disse o ex-embaixador polonês no Iraque e na Arábia Saudita à WNP.
  • Por enquanto, é difícil falar em apoio real dos maiores parceiros do Irã — Moscou e Pequim. E, segundo Krzysztof Płomiński, isso não vai mudar.

- Os eventos violentos no Oriente Médio podem em breve afetar os bolsos europeus – incluindo os poloneses. Os preços do petróleo, as ameaças ao fornecimento de GNL e as crescentes tensões militares anunciam novos choques – alerta Krzysztof Płomiński, ex-embaixador polonês na região, em entrevista ao WNP:

— Este não é o fim da escalada. O Oriente Médio está entrando em uma nova fase — afirma o diplomata.

Como enfatiza o ex-embaixador, o Irã está atualmente sob forte pressão, tanto pela escalada do conflito com Israel quanto pelas ações militares dos EUA, que – apesar das garantias oficiais de participação limitada – se envolveram no conflito bombardeando instalações nucleares iranianas.

- O Irã pode não ter pressa em responder, mas o fator de escalada ainda está lá e continuará existindo - prevê o diplomata em entrevista ao WNP.

Esta será uma guerra de atrito. O Irã está tentando ganhar tempo?

De acordo com Płomiński, a estratégia de Teerã pode pressupor o esgotamento a longo prazo dos recursos e da paciência israelenses, o que será auxiliado por ataques regulares de mísseis.

- Israel tem cada vez menos mísseis de defesa aérea, e os ataques com mísseis são severos, embora nem sempre seja assim que aparece na mídia - observa o ex-embaixador.

Estreito de Ormuz – uma linha de frente de importância global

A ameaça mais séria, no entanto, pode ser a decisão do Irã de bloquear o Estreito de Ormuz, uma rota de transporte fundamental para o comércio global de petróleo e gás. O parlamento em Teerã já considerou essa possibilidade.

— O parlamento iraniano já autorizou o governo a tomar tal decisão. Se o estreito fosse minado ou navios atacados, seria um desafio em grande escala para os Estados Unidos — alerta Płomiński.

Bloquear essa estreita faixa de água, por onde flui até 30% do petróleo mundial, poderia desencadear um colapso econômico global. Como observa o ex-embaixador, a Polônia também poderia sentir dolorosamente os efeitos da escalada no Oriente Médio:

— Compramos metade do nosso petróleo da Arábia Saudita, e uma grande parte dele flui pelo estreito. O gás do Catar responde por mais de 30% da demanda por GNL. Isso é suficiente para entender a gravidade das consequências para a Polônia também — alerta o diplomata.

Em sua opinião, em um cenário extremo, os preços do petróleo poderiam subir para US$ 150 o barril e as interrupções no fornecimento poderiam persistir por muitos meses.

O Irã pode contar com ajuda da Rússia e da China?

Por enquanto, é difícil falar em apoio real dos maiores parceiros do Irã — Moscou e Pequim. E, segundo Krzysztof Płomiński, isso não vai mudar.

- A Rússia está focada na Ucrânia e não tem recursos. A China é uma parceira importante para o Irã, mas sua presença na região ainda não atingiu um nível que permita um envolvimento ativo - avalia Płomiński.

wnp.pl

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