Agosto de 2025 foi o terceiro mais quente já registrado

Agosto de 2025 foi o terceiro mais quente já registrado no mundo. No sudoeste da Europa, o mês trouxe a terceira grande onda de calor do verão, acompanhada por incêndios florestais excepcionais. Com os oceanos do planeta também permanecendo anormalmente quentes, esses eventos ressaltam não apenas a urgência de reduzir as emissões, mas também a necessidade crítica de se adaptar a extremos climáticos mais frequentes e intensos.Samantha Burgess, Líder Estratégica de Clima no Copernicus

Europa em foco. Na Europa, a temperatura média da superfície em agosto foi de 19,46°C, 0,3°C acima da média histórica, mas fora do top 10 dos agostos mais quentes. O oeste da Europa e a Península Ibérica registraram as maiores anomalias, com ondas de calor significativas, enquanto o norte do continente teve temperaturas abaixo da média.
Fora da Europa. Os registros mais altos ocorreram na Sibéria, partes da China, Japão e Oriente Médio, ao passo que a Austrália apresentou temperaturas abaixo da média e as Américas e a África do Sul mostraram condições mistas.
Verão boreal de 2025, de junho a agosto, foi o terceiro mais quente globalmente. O período foi 0,47°C acima da média 1991-2020, registrando os maiores desvios positivos na Ásia e anomalias negativas na América do Sul e Austrália. Na Europa, a estação foi a quarta mais quente da história, 0,9°C acima da média, com temperaturas elevadas em quase todo o continente, especialmente no oeste, sudeste e Turquia.
Oceanos em alerta. Nos oceanos, a temperatura média da superfície marítima entre 60°S e 60°N atingiu 20,82°C, a terceira maior já registrada para o mês de agosto. O Pacífico Norte registrou temperaturas acima da média, enquanto o Pacífico equatorial permaneceu próximo ou abaixo da média. Próximo à Europa, o norte do Atlântico, a oeste da França e do Reino Unido, registrou temperaturas recordes, enquanto o Mediterrâneo apresentou condições menos extremas que em agosto de 2024.
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