Selecione o idioma

Portuguese

Down Icon

Selecione o país

Portugal

Down Icon

Cartas ao director

Cartas ao director

Segundo o PÚBLICO, o ministro dos Negócios Estrangeiros português reiterou que Portugal está aberto ao reconhecimento do Estado da Palestina; um pequeno progresso quando, em maio de 2024, já com milhares de crianças palestinianas mortas, o mesmo Paulo Rangel fazia manchete no jornal El País: “Sería muy injusto decir que Israel pretende eliminar al pueblo palestino.”

E, de concreto, o que fazem os governos europeus para tentar parar com a matança? Se nem sequer suspendem o Acordo de Associação UE-Israel? Sem sanções económicas e diplomáticas fortes nada vai mudar; no caso de Portugal, a nossa cumplicidade vai ao ponto de traficar os nossos passaportes europeus, com base numa nebulosa reminiscência sefardita, negociatas de nacionalidade que nem sequer foram suspensas. Segundo o dicionário, o receptador é quem ajuda a "esconder o crime" ao adquirir ou manter objetos roubados. Não estaremos a ajudar traficantes israelitas que passam a ser portugueses, sendo assim receptadores dos ladrões de vidas?

A nossa passividade deixa espaço ao sionismo desenfreado; Gaza está a tornar-se a reincarnação de Auschwitz, cuja memória indelével e dolorosa julgava impossível ver reavivada desta forma. “Portugal sempre esteve aberto e estará a esse reconhecimento", insistiu Paulo Rangel, tal como a generalidade dos governantes europeus sem coragem para romper as teias de negócios, usa uma bicicleta estática de ginásio para parecer que está a avançar, mas, na verdade, não sai do sítio. As crianças de Gaza merecem mais coragem e mais respeito.

José Cavalheiro, Matosinhos

Deste Moedas que vos falo

O senhor engenheiro Carlos Moedas foi obrigado a vir a terreiro, defender-se, tendo em conta o incómodo causado pelo seu apoio oportunista ao “projeto” megalómano de Rui Costa, com fins meramente eleitoralistas, o qual tem merecido inúmeras críticas de todos os candidatos e sócios de relevo, estupefactos com o atual presidente que resolveu dar gás aos homens da comunicação que o rodeiam, ele que foi, como se sabe, um homem sempre discreto e apaixonado pelo seu clube! A justificação para a sua presença no evento não convenceu ninguém, nem o próprio, que, uns dias depois, lá veio equacionar os seus argumentos, usando, na prática, a famosa tática futeboleira que diz: “a melhor defesa é o ataque!”

Vejamos: disse, do alto da sua sabedoria, aconselhado por um desses gurus da comunicação, ao invés de nomear aquilo que fez por Lisboa nos últimos quatro anos: “Eu sou o presidente mais imparcial, não tenho clube de futebol. Os anteriores presidentes faziam parte de comissões de honra. É acusação estapafúrdia para com alguém com grande distância para o futebol. Preciso de garantir que projetos de grandes clubes contribuem para a cidade. O presidente da câmara é garante que projetos daqueles têm função social." Ora, esta declaração é uma autêntica pérola, e reforçou a ideia, mais que duvidosa, da presença no evento de Rui Costa, subindo de tom, fazendo ataques a antigos presidentes da autarquia porque faziam parte de comissões de honra de um ex-presidente.

Pois bem, senhor engenheiro Carlos Moedas, eu prefiro aqueles que são alguma coisa, que assumem as suas preferências clubísticas, partidárias ou religiosas, àqueles que não são de nada, mas são de todos, oportunisticamente. Parece-me, ou assim perceciono, como faz o seu querido Governo, de forma leviana, que o senhor presidente da Câmara de Lisboa faz parte desse lote de homens que se for preciso vende a alma ao diabo só para, sobretudo agora, aparecer na fotografia (…) se isso lhe conceder mais uns votos, pois nas autárquicas, por um voto se ganha, por um voto se perde!

Armando Almeida, Porto

Os irrevogáveis

Depois de, em 2013, Paulo Portas ter revogado a sua demissão "irrevogável" e ter ficado vice-primeiro-ministro, eis que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, pondera candidatar-se à Presidência da República depois de ter dito, em Abril, de forma definitiva, que não era "talhado" para o cargo. Até é possível que o autarca acabe com a crise da habitação em Portugal depois daquele processo que envolveu a imobiliária da família ou se transfira para a SAD do seu amado clube no fim do seu mandato, mas não se prevê nada de bom para quem sempre alimentou guerras entre o norte e o sul, achincalhando a TAP. Um bom slogan político para a sua futura campanha podia ser "Um presidente para todos os portugueses... acima do norte do Douro"!

Emanuel Caetano, Ermesinde

Mulheres no PÚBLICO

Nem sempre o terei feito, mas desde há anos que me habituei a ler diariamente as cartas dos leitores ao director deste jornal. Não concordando com todas, como é natural, muitas expressam o que penso e sinto sobre os mais variados temas. A grande maioria dos leitores que escrevem para este espaço são homens, mas desde há algum tempo que várias mulheres o vêm fazendo com alguma regularidade, o que muito me apraz.

Domicília Costa, Vila Nova de Gaia

publico

publico

Notícias semelhantes

Todas as notícias
Animated ArrowAnimated ArrowAnimated Arrow