Guiné-Bissau: Sissoco Embaló e Putin reúnem-se esta quarta-feira em Moscovo
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Presidente da Guiné-Bissau durante a sessão plenária da Cimeira Rússia-África, em São Petersbugo, em julho de 2023 | Fotografia: Donat Sorokin, TASS
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, vai encontrar-se com Vladimir Putin esta quarta-feira, em Moscovo.
De acordo com o gabinete de imprensa do Kremlin, a agenda dos dois governantes incluirá discussões sobre as perspectivas de desenvolvimento da cooperação entre a Rússia e a Guiné-Bissau em várias áreas, entre outras questões da atualidade nas agendas internacional e regional.
A visita de Estado, que foi confirmada ao Jornal Económico (JE) pelo gabinete de Sissoco Embaló, ocorre menos de um ano após a última viagem do Presidente da Guiné-Bissau à capital russa, no âmbito das celebrações do Dia da Vitória, em maio, a convite do seu homólogo.
Os dois governantes debateram, no final de janeiro deste ano, numa conversa telefónica, questões relativas ao alargamento da cooperação bilateral nos domínios comercial, económico, de investimento e humanitário, durante a qual concordaram em prosseguir as conversações na visita estatal que agora acontece.
O Chefe de Estado da Guiné-Bissau visitou a Rússia, também, em 2022 e, em 2023, por ocasião da cimeira Rússia-África, que teve lugar em São Petersburgo. Nessa altura, Embaló declarou-se como “aliado permanente” da Rússia, assumindo o objetivo de “maximizar o potencial” das relações entre os dois países.
A deslocação de Umaro Sissoco Embaló a Moscovo ocorre em plena missão de alto nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a Bissau, mandatada para mediar a situação política no país e o impasse em torno do calendário eleitoral.
No domingo, o Chefe de Estado guineense anunciou a data de 30 de novembro para as eleições gerais, presidenciais e legislativas.
“As pessoas estão a fazer propaganda com a vinda da missão da CEDEAO. É uma mera missão de contacto. Eu é que autorizei a sua vinda. A CEDEAO não manda na Guiné-Bissau e nem em nenhum outro país” da comunidade, defendeu Sissoco Embaló na segunda-feira.
jornaleconomico