Quatro séries e dois filmes para ver esta semana

Há semanas em que pouco acontece. Esta é uma delas. Ainda assim, há crime nas ruas de Londres, primeiro com uma série em estreia no SkyShowtime, Terra de Bandidos e, mais para o final da semana, Deep Cover, filme que estreia diretamente na Prime Video, sobre um grupo de atores de improvisação que vai fazer uma perninha à polícia. Entre uma coisa e outra, Schwarzenegger está de regresso à Netflix com Fubar, a série de comédia e ação que foi uma boa desculpa para o ator entrar no comboio do streaming e sentir alguma nostalgia pela sua carreira de ator de ação com graça. Também merece, porque até teve os seus momentos.

Uma série para as crianças, porque eles também precisam e, alguns deles, vão ter dois feriados nesta semana. E um bocadinho de televisão não lhes vai fazer mal. Série de animação da Netflix, é daquelas que sabe misturar entretenimento com coisas didáticas, aqui quase todas elas envolvem animais. Sam Snow e Kit Casey são dois detetives que viajam pelo mundo para solucionar problemas que afetam determinados animais nas mais curiosas das situações. A fórmula não tem surpresas, mas quem pensa nisto é criativo o suficiente para criar histórias mirabolantes com a bicharada. A solução nem sempre é a mais óbvia.

Criada por Ronan Bennett (Top Boy, Gunpowder e The Day Of The Jackal), Terra de Bandidos é uma série britânica de dez episódios à volta de Harry Da Souza (Tom Hardy), um capanga de uma família criminosa, que conta com uma série de caras famosas, Pierce Brosnan, Paddy Considine e Helen Mirren. A história passa-se em Londres numa altura em que uma guerra entre duas famílias poderosas (ou seja, gangues) está iminente. Harry, que trabalha para os Harrigans, está contratado para tentar mitigar qualquer possibilidade da coisa escalar. Conseguirá?

Com tanta plataforma de streaming, tornou-se habitual a estreia de uma série internacional que chama a nossa atenção. A desta semana é Aniela, série polaca, sobre uma mulher rica que, de repente, perde tudo e é obrigada a descer da escada social e a fazer vida sem cartão de crédito. A questão é: será que ela consegue reconquistar o que perdeu — e não é só dinheiro, mas também a filha — enquanto explora caminhos totalmente desconhecidos para a própria?

Durante os anos 1990, Arnold Schwarzenegger entrou em muitos filmes que exploravam o filão da comédia misturada com acção. Era uma forma de fazer chegar uma das maiores estrelas de então à ideia de filme familiar, sem perder a audiência musculada do ator. Porque as coisas são cíclicas e reciclam-se, a Netflix lembrou-se, há uns anos, de seguir essa fórmula, adaptando-a aos tempos: uma série nos mesmos moldes com Schwarzenegger. Fubar não foi um grande sucesso crítico, mas lá conseguiu uma segunda temporada, agora também com Carrie-Anne Moss no elenco. A história? Luke (Arnold) e a filha Emma (Monica Barbaro) são agentes da CIA mas desconhecem isso sobre um e outro. Até ao dia em que isso deixa de ser segredo e passam de ter de integrar missões lado a lado. Problemas familiares atiram-se para o mundo dos agentes secretos. Comédia e ação familiar. Tudo se recicla.

De volta a Londres e ao crime, mas desta vez em formato filme e de comédia. Deep Cover é o mais recente trabalho de Tom Kingsley, em volta de três atores (Bryce Dallas Howard, Orlando Bloom e Nick Mohammed) que são contratados pela polícia para trabalharem como agentes infiltrados. Tem tudo para dar certo.

“Echo Valley”

A semana termina com um thriller de peso, realizado por Michael Pearce, escrito por Michael Pearce e com Ridley Scott na produção. Julianne Moore, Sydney Sweeney, Domhnall Gleeson e Kyle MacLachlan estão no elenco de uma história sobre Kate (Moore), uma mulher que vive numa quinta e que, certo dia, vê a sua filha (Sweeney) chegar a casa coberta em sangue de outra pessoa. Tudo se torna mais problemático sabendo que a filha tem um passado complexo e é fácil de imaginá-la como uma fonte de problemas. O que fazer nesta situação, fazer os possíveis para salvar a filha enquanto descobre a dura verdade sobre o que realmente se passou ou aceitar a dura verdade?