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Trump avança com tarifas de 30% à UE antes a época de resultados arrancar em Wall Street

Trump avança com tarifas de 30% à UE antes a época de resultados arrancar em Wall Street

Os principais mercados europeus encerraram a sessão de sexta-feira em terreno negativo, em função de receios associados às tarifas. O cenário ganhou novos contornos no sábado, quando Donald Trump comunicou a decisão de aplicar tarifas de 30% às importações de bens da UE. Durante a semana, destaque para a inflação na zona euro e o arranque da época de resultados nos Estados Unidos.

As inseguranças face a eventuais futuras tarifas dos EUA sobre as economias da UE ficaram bem patentes nas negociações de sexta-feira, entre os principais índices europeus. Prosseguiam as negociações entre as duas partes, pelo que se mantinha a incerteza, bem patente nas mexidas dos principais índices do continente. Mas importa, primeiramente, perceber o que aconteceu na sexta-feira.

Registaram-se quedas de 1,15% em Itália, 0,88% na Alemanha e 0,49% no Reino Unido, depois dos máximos históricos registados em todos eles. De resto, registaram-se contrações de 0,93% em Espanha e 0,92% em França, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50, que junta as 50 maiores cotadas europeias, fechou o dia a recuar 0,98%.

O setor automóvel foi dos mais penalizados, na medida em que a Stellantis desvalorizou 4,65%, assim como aconteceu com o setor do luxo, na medida em que Louis Vuitton e Kering caíram perto de 3,4% e 3,7%, respetivamente. Em causa estava a ideia de que os EUA poderiam mesmo avançar com tarifas sobre as economias europeias (como veio a confirmar-se) e que estes setores e empresas estariam entre os maiores castigados.

Por outro lado, o setor energético fugiu ao sentimento negativo, ao beneficiar de subidas superiores a 2% nas negociações do barril, aquando do fecho dos mercados europeus. Em causa esteve o alerta deixado por Donald Trump de que poderá impor tarifas na ordem de 500% a Índia e China, no caso de estes países comprarem energia à Rússia.

Por cá, o PSI contraiu 0,27% até aos 7.727 pontos, penalizado pela desvalorização de 1,67% nas ações do único banco que faz parte do índice, até aos 0,6586 euros. Seguiram descidas de 1,32% para 22,40 euros na Jerónimo Martins e 1,22% para 4,20 euros na Mota-Engil.

Em sentido oposto, a Ibersol somou 2,67% e fixou-se nos 10,00 euros, ao passo que a REN ganhou 1,15% até aos 3,08 euros.

Novas tarifas condicionam o sentimento

Nesta segunda-feira, os mercados vão reagir à carta divulgada no sábado por Trump, na qual se anuncia a aplicação de tarifas aduaneiras de 30% às economias da UE. Recorde-se que estas, tal como as restantes que foram anunciadas pelo próprio nas últimas semanas e as que foram suspensas no passado, deverão entrar em vigor no dia 1 de agosto.

O PIB da China no segundo trimestre foi divulgado durante a madrugada e também se esperam reações. De resto, os dados de grande relevância chegam no dia seguinte, com o arranque da época de resultados por parte da banca dos EUA.

Inflação europeia e resultados na América a caminho

Na terça-feira, JPMorgan, Wells Fargo e CitiGroup apresentam as contas do segundo trimestre naquela data, seguidos por Bank of America, Morgan Stanley e Goldman Sachs, que fazem o mesmo na quarta-feira. De resto, gigantes de outros setores, como a Netflix, Volvo ou PepsiCo, por exemplo, também apresentam resultados.

Em termos de dados macro agendados, sobressai a produção industrial nos EUA em junho, por ser conhecida na quarta-feira, assim como a inflação na zona euro em junho, que vai ser divulgada no dia seguinte, quinta-feira.

De todo o modo, importa lembrar que o volume de transações começa a cair nesta altura do ano.

jornaleconomico

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