Trump e von der Leyen, da UE, reúnem-se neste domingo para fechar acordo comercial

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste domingo, para fechar um acordo comercial, que provavelmente terá uma tarifa básica de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, mas que encerrará meses de incerteza.
Negociadores dos EUA e da UE se reuniram em conversas finais sobre as tarifas que incidem sobre setores cruciais como automóveis, aço, alumínio e produtos farmacêuticos antes da reunião, prevista para a tarde deste domingo no campo de golfe de Trump em Turnberry, no oeste da Escócia.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, e o secretário de comércio, Howard Lutnick, viajaram para a Escócia no sábado e o comissário de comércio da UE, Maros Sefcovic, chegou no domingo de manhã.
Lutnick disse à "Fox News Sunday" que a UE precisa abrir seus mercados a mais exportações dos EUA para convencer Trump a reduzir a ameaça de uma tarifa de 30% que deve entrar em vigor em 1º de agosto.
"A questão é: eles oferecem ao presidente Trump um acordo bom o suficiente para que ele saia das tarifas de 30% que ele estabeleceu?", disse Lutnick, acrescentando que a UE claramente quer -- e precisa -- chegar a um acordo.
Uma outra autoridade do governo dos EUA mostrou-se otimista quanto à possibilidade de um acordo.
"Estamos cautelosamente otimistas de que haverá um acordo", disse o funcionário, sob condição de anonimato. "Mas só acaba quando termina."
O acordo com a UE seria uma grande conquista, já que os EUA e a UE são, de longe, os maiores parceiros comerciais um do outro e respondem por um terço do comércio global.
Caso não haja acordo e os EUA imponham tarifas de 30% a partir de 1º de agosto, a UE preparou contra-tarifas sobre 93 bilhões de euros (US$109 bilhões) de produtos norte-americanos.
Diplomatas da UE afirmaram que um acordo provavelmente incluiria uma tarifa ampla de 15% sobre os produtos da UE importados para os EUA, espelhando o acordo comercial entre os EUA e o Japão, juntamente com uma tarifa de 50% sobre o aço e o alumínio europeus, para os quais poderia haver cotas de exportação.
As autoridades da UE esperam que uma tarifa básica de 15% também se aplique aos automóveis, substituindo a atual tarifa de 27,5%.
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