Já arderam 358 mil hectares nos incêndios em Espanha

Arderam 358 mil hectares e 33 mil pessoas tiveram de ser realojadas. Em apenas duas semanas, Espanha sofreu 19 dos 50 maiores incêndios da última década, de acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), escreve o El País.
As temperaturas mais baixas estão a ajudar a controlar os fogos mais graves que ainda deflagram, mas já é certo que 2025 é o pior ano do país desde 2022, quando arderam 306 mil hectares, reporta o diário espanhol.
Os dados do mesmo site para Portugal apontam para uma área ardida de 278.383 hectares, o que é o segundo pior registo desde 2017.
Os 358 mil hectares ardidos desde 8 de agosto contemplam os incêndios de Larouco (Galiza) e Uña de Quintana (Castela e Leão), os de maior extensão registados em Espanha desde que existem os estudos do EFFIS, disponíveis a partir de 2016 (embora existam estatísticas mais antigas sobre fogos).
Em toda a Europa, apenas oito incêndios queimaram uma área maior do que a de Larouco, refere ainda o jornal espanhol. O mais devastador foi o que destruiu o Parque Nacional Dadia, na Grécia, em agosto de 2023, de acordo com o EFFIS — o fogo atingiu uma área de quase 100 mil hectares.
Espanha é já o território da União Europeia mais afetado pelos incêndios em 2025, concentrando 40% da área queimada nos 27 países. Com Portugal, os dois países representam 66% do que ardeu até agora na União Europeia, fazendo de 2025 “o pior ano registado em toda a UE”, continua o El País, citando dados do EFFIS. O fogo já consumiu mais de um milhão de hectares, mais 100 mil hectares a mais do que o máximo anterior, registado em 2017. No continente, apenas a Ucrânia, devastada pela guerra contra a Rússia, supera os dados espanhóis.
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