BdP revê previsão de crescimento do PIB em alta

O Banco de Portugal (BdP) reviu esta terça-feira em alta a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português em 2025 para 1,9%. A revisão é em parte impulsionada pelo consumo privado, fruto da redução do IRS.
No Boletim Económico de outubro, o banco central prevê que o PIB progrida 1,9% em 2025 em relação a 2024. A previsão anterior, em junho, era um crescimento de 1,6%. Ainda assim uma variação abaixo da previsão de 2,3% feita em março deste ano.
Para os dois próximos anos, o banco central mantém as projeções inalteradas. Para 2026, prevê que o crescimento seja de 2,2% e, para 2027, que a progressão seja de 1,7%, ritmo igual ao projetado no boletim anterior.
“A revisão de 0,3 pontos percentuais do crescimento do PIB para 2025 reflete a incorporação dos dados mais recentes de contas nacionais e um maior crescimento projetado para o segundo semestre”, justifica o banco central, citado pela agência Lusa.
As revisões, detalha, “refletem um maior contributo da procura interna”, devido a “revisões em alta nos contributos do consumo privado, consumo público e investimento” em 2023 e a “um maior contributo do investimento” em 2024.
O Banco de Portugal (BdP) aponta ainda para um abrandamento do nível de emprego no país e para uma estabilização do nível de desemprego até 2027. No boletim divulgado hoje, o banco central prevê que, depois de uma variação de 0,7% em 2024, o emprego cresça 1,8% este ano, para a seguir se verificar um abrandamento, com a variação a passar para 0,9% em 2026 e para 0,5% em 2027.
Em relação ao desemprego, o BdP estima que a taxa baixe dos 6,4% de 2024 para 6,2% em 2025, subindo, de seguida, para 6,3% no próximo ano e permanecendo na mesma percentagem em 2027.
Segundo o banco central, a dinâmica no emprego ao longo deste período de 2025 a 2027 “reflete aumentos contidos da taxa de atividade — que deverá situar-se em valores historicamente altos — e da população em idade ativa”.
“O crescimento populacional continuará a ser sustentado pela entrada no país de mão-de-obra estrangeira, embora com fluxos gradualmente menores, após o máximo observado em 2023”, refere.
Jornal Sol