Fóssil. Dinossauro bebé leiloado por 26,2 milhões de euros

O esqueleto de um Ceratossauro bebé foi vendido por 30,5 milhões de dólares (cerca de 26,2 milhões de euros) num leilão realizado pela Sotheby’s, em Nova Iorque, no âmbito da semana Geek dedicada à ciência, tecnologia e cultura, relata o New York Times.
A peça é considerada exclusiva no mundo por se tratar do único exemplar bebé da conhecida espécie que viveu durante o período Jurássico, há cerca de 154 milhões de anos. Até o momento, foram apenas encontrados quatro esqueletos completos de Ceratosaurus e este é o único que corresponde a um bebé.
The only known juvenile Ceratosaurus fossil just sold in the #SothebysNewYork sale room for a staggering $30.5 million, making it the third most valuable dinosaur fossil ever sold at auction. #AuctionUpdate
The Natural History sale continues LIVE: https://t.co/VFFgQ4UVDB pic.twitter.com/f0BlXrWwkZ
— Sotheby's (@Sothebys) July 16, 2025
O fóssil superou a estimativa inicial de venda, que oscilava entre quatro e seis milhões de dólares. A licitação foi concluída após seis minutos de uma “intensa guerra de lances“, tornando-se no terceiro esqueleto de dinossauro mais caro alguma vez leiloado pela Sotheby’s — fica apenas atrás do esqueleto de Stegosaurus “Apex” adquirido por 40,7 milhões de euros em 2024 e do Tyrannosaurus rex “Sue”, vendido por 7,5 milhões em 1997.
O esqueleto foi descoberto em 1996 na emblemática zona paleontológica Bone Cabin Quarry, em Wyoming. A peça mede 3,2 metros de comprimento e 1,9 metros de altura, incluindo 139 elementos ósseos originais, entre os quais um crânio completo com a saliência nasal em forma de corno e uma série de placas ao longo das costas e da cauda. A vice-presidente da Sotheby’s para Ciência e História Natural, Cassandra Hatton, descreveu o fóssil como “uma maravilha da preservação pré-histórica”, destacando o seu valor tanto científico como estético.
Apesar das preocupações recorrentes da comunidade científica relativamente à venda de fósseis importantes em leilões privados — receando que estas peças acabem fora do alcance de investigadores e do público — a Sotheby’s garantiu que o comprador pretende ceder o esqueleto a uma instituição científica, reforçando a sua preservação. Esta prática, cada vez mais comum entre colecionadores de alto perfil, ajuda a mitigar críticas sobre a privatização de património paleontológico de relevância global.
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