“Carlos Moedas de 2025 já está demitido por Carlos Moedas de 2021”, diz Fernando Medina

Fernando Medina afirma ter optado por ficar quatro anos em silêncio, mas que não consegue manter o silêncio depois da entrevista do atual presidente da Câmara de Lisboa à SIC sobre o descarrilamento no Elevador da Glória, que provocou 16 mortos e 22 feridos. “Carlos Moedas de 2025 já está demitido por Carlos Moedas de 2021”, afirmou no programa “Conversa de Eleição”, da Rádio Renascença.
O antigo governante chega até mesmo a acusar Moedas de ter um “padrão psicológico em que sempre que se vê em dificuldades e em momentos de pressão foge, mentindo e atirando a culpa para os outros”, sem assumir qualquer tipo de responsabilidade. Uma rotina, que, para Medina, significa que o autarca “não tem palavra, que não tem idoneidade para o lugar que ocupa”, sublinhando que não pede a demissão de Moedas, mas sim que mantenha “a sua coerência”.
Questionado sobre o descarrilamento do Elevador da Glória em 2018, quando Fernando Medina ainda encabeçava o município de Lisboa, o socialista confessou que, na altura, “houve uma antecipação de toda a manutenção das estruturas do elevador”, confirmando que houve um reforço da segurança do elétrico.
No programa Conversa de Eleição, da Renascença, Fernando Medina acusa também Carlos Moedas de estar a mentir para “fugir” do que disse em 2021 sobre o caso “Russiagate” [relativo à fuga de dados para a embaixada da Rússia em 2021] quando pediu a demissão do antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa. O ex-autarca adianta ainda que lhe causou “repugnância” Carlos Moedas ter afirmado no domingo, numa entrevista na SIC sobre o desastre no Elevador da Glória, que o antigo ministro Jorge Coelho tinha informações sobre a fragilidade da ponte de Entre-os-Rios antes da tragédia.
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