“Demita-se”: “The Economist” pede a saída de Pedro Sánchez do Governo

Não é todos os dias que um jornal de referência como o britânico “The Economist” pede a demissão de um primeiro-ministro mas perante os escândalos em que o Governo espanhol está envolvido, o semanário britânico considera que não resta outro caminho ao líder do PSOE.
Considerando que os escândalos que salpicam o seu partido estão a gerar uma paralisia legislativa, o “The Economist” considera que Pedro Sánchez “debilitou os controlos democráticos”, criticou aquilo que designa de “manta de retalhos” de aliados e conclui: “Não há nenhuma boa razão para que fique no cargo”.
O jornal britânico de referência considera que o afastamento de Pedro Sánchez é um passo essencial para “restaurar a confiança na democracia espanhola” e que o presidente do Governo “devia assumir essa responsabilidade e demitir-se.
Apesar do “The Economist” reconhecer que o crescimento da sua economia tenha superado o desempenho da zona euro desde 2022, o jornal considera que esse processo económico de Espanha não é da responsabilidade dos socialistas para sim das reformas do seu predecessor, o conservador Mariano Rajoy.
O caso Santos Cerdán, que veio a público no passado dia 12 de junho, com a divulgação de um relatório policial, desencadeou uma das maiores crises que já viveu Sánchez desde que é primeiro-ministro e é, segundo meios de comunicação social, analistas e dirigentes políticos, a primeira que verdadeiramente põe em risco a sua continuidade à frente do executivo do PSOE.
O primeiro-ministro de Espanha disse sentir a responsabilidade de continuar à frente do Governo porque a alternativa é uma “coligação de ultra direita” formada pelo Partido Popular (PP) e pelo Vox, que governam ou já governaram juntos nos últimos dois anos em municípios e governos regionais e levaram a cabo, realçou, cortes no estado social, nos direitos e liberdades, assim como políticas negacionistas das alterações climáticas.
jornaleconomico