Estudantes da FCSH da NOVA exigem intervenção do Governo para que estudante palestiniano chegue à Faculdade

A Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (AEFCSH) e os estudantes da Faculdade tornam pública a sua solidariedade com o jovem palestiniano Tarek Al-Farra que, inscrito e com a propina paga para estudar num mestrado na FCSH, não consegue o visto para estudar em Portugal.
Com o escritório de representação Portuguesa em Gaza fechado e a embaixada portuguesa mais próxima em Ramallah, na Cisjordânia, uma região inacessível que não está a emitir vistos para estudantes de Gaza, Tarek Al-Farra não consegue sair da sua guerra para vir para Lisboa.
A associação de estudantes da FCSH diz, em comunicado enviado à nossa redação, que a situação já foi comunicada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, não tendo obtido “nenhuma resposta” nem por parte deste orgão nem por parte do Governo.
“A direcção da FCSH está a par da situação, tendo comunicado a mesma tanto à DGES como ao reitor da Universidade, dado que são estes os meios de comunicação com o Governo”, acrescenta o documento.
Os estudantes exigem da parte da Universidade NOVA de Lisboa que “sejam garantidos todos os procedimentos que permitam fazer desbloquear este processo e que pressione o Governo a cumprir as suas obrigações”.
Ao Governo português, os jovens exigem que “seja resolvido este processo, que seja tomada uma posição acerca do massacre em curso condizente com a defesa da Constituição da República Portuguesa que, no seu artigo 7º, aponta à defesa da dissolução dos blocos político-militares e à defesa da autodeterminação dos povos”.
A guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo Hamas após atacar Israel a 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 israelitas e sequestrando cerca de 250.
Israel respondeu com uma ofensiva que leva praticamente 22 meses e ameaça matar a população palestiniana pela fome.
jornaleconomico