Fábrica britânica será fechada 'devido ao acordo comercial entre Reino Unido e EUA'

Apesar das "extensas" negociações com o governo, a maior usina de bioetanol do Reino Unido será fechada devido ao acordo comercial entre o Reino Unido e os EUA, de acordo com a empresa proprietária.

As consultas começaram com mais de 160 funcionários da unidade de Hull da Vivergo, e toda a produção deverá cessar antes de 13 de setembro se nenhum financiamento for acordado com o governo, disse a empresa.

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A desativação da fábrica é atribuída ao recente acordo entre os EUA e o Reino Unido, que permitiu que o etanol americano livre de tarifas entrasse no Reino Unido.

O acordo "prejudicou" a viabilidade comercial da Vivergo, disse a empresa controladora da Primark, Associated British Foods (ABF), em relação ao seu negócio de bioetanol.

"A situação piorou significativamente devido ao acordo comercial do Reino Unido com os EUA", afirmou.

A menos que o Reino Unido financie as perdas de curto prazo da empresa e apresente uma solução de longo prazo, a Vivergo fechará após a consulta à equipe e o cumprimento de suas obrigações contratuais.

Conversas 'incertas'

O governo se comprometeu com negociações formais sobre uma solução sustentável, disse a ABF em uma atualização regulatória, mas o resultado é incerto.

Como resultado dessa incerteza, uma consulta à equipe sobre "uma liquidação ordenada" está sendo realizada ao mesmo tempo.

Discussões "extensas" já estavam em andamento com o governo em um esforço para encontrar uma "solução financeira e regulatória" para que a Vivergo pudesse operar em uma "base lucrativa e sustentável".

A atualização informou que o prazo final para a entrega dessa solução era quarta-feira.

O bioetanol é um combustível renovável feito de plantas. A Vivergo fabrica o combustível a partir do trigo.

Em troca do Reino Unido concordar em permitir que o etanol americano entre sem tarifas, os EUA disseram que reduziriam as tarifas sobre as importações de carros e aço do Reino Unido.

Em resposta à notícia, um porta-voz do governo disse: "Reconhecemos que este é um momento preocupante para os trabalhadores e suas famílias e é decepcionante ver este anúncio depois que iniciamos negociações com a empresa sobre apoio financeiro ontem.

"Continuaremos a tomar medidas proativas para abordar os desafios de longa data que a empresa enfrenta e permaneceremos comprometidos em trabalhar em estreita colaboração com eles durante este período para apresentar um plano para um caminho a seguir que proteja as cadeias de suprimentos, empregos e meios de subsistência."