Bolsas de negócios: pasta séria ou mochila casual?

Em Hollywood, o movimento máximo de poder empresarial é imaginado mais ou menos assim: o chefe entra na sala de reuniões, onde a equipe nervosa já está sentada e pronta, joga a pasta na mesa de conferências e começa a fazer anúncios prospectivos. Preste atenção nisso na próxima vez que estiver na Netflix e relaxe: o balanço da sua bolsa aparece em todos os filmes que abordam hierarquias empresariais, de "O Lobo de Wall Street" a "O Diabo Veste Prada". Por que? Porque a bolsa de negócios serve para marcar território: Ei, eu sou o chefe aqui, todos escutem e façam o que eu digo!

Na vida real, esse gesto pode não funcionar de forma tão confiável, pelo menos não porque metade da equipe está confinada atrás da tela do escritório em casa na reunião híbrida. Mas: a bolsa na qual você carrega seu laptop, calendário (tão anacrônico!) e dois celulares (um particular e um profissional) durante sua vida profissional ainda revela pelo menos tanto sobre sua mentalidade profissional quanto a decisão a favor ou contra uma política de portas abertas.

A escolha da bolsa de escritório, portanto, nunca deve ser vítima de arbitrariedade. Mas vamos analisar mais de perto:

A pasta clássica é sinônimo de confiabilidade, é claro. Todos os documentos importantes estão sempre com você, graças à secretária pessoal, um luxo que o portador desta bolsa ainda pode pagar (sim, o portador – quem mais viaja com uma bolsa como esta além de executivos da geração baby boomer e membros com mais de 60 anos do Bundestag?).

Uma bolsa de grife, por outro lado, demonstra consciência de status: sem falsa modéstia, qualquer pessoa que tenha sucesso na vida profissional pode se dar ao luxo de um pouco de luxo! (Cuidado: qualquer pessoa que entra no escritório vestindo Gucci ou Bottega Veneta geralmente reage com a mesma sensibilidade às más notícias que um couro de bezerro reage à chuva.)

E uma mochila? Bem, este é o acessório ideal para quem gosta de chamar sua empresa de "família" e/ou vai de bicicleta de corrida para o trabalho para provar suas habilidades de desempenho antes que o primeiro e-mail chegue às 7 da manhã. (É melhor não fazer amizade com chefes que usam mochilas, caso contrário, o próximo encontro da gerência será transferido para a face norte do Eiger!).

Ah, e claro, há os candidatos (também quase exclusivamente homens) que não carregam nenhuma bolsa consigo; afinal, eles só precisam de um cartão Tesla, um celular e sua mente brilhante para sobreviver na vida empresarial cotidiana. E, de qualquer forma, quem ainda imprime documentos quando existe o Slack? Tão antiquado! (Qualquer outra coisa que você precise no escritório, de canetas a chicletes, você pode pegar emprestado com os estagiários, sem problemas.)