Robert De Niro, Pedro Pascal, Natalie Portman e outras estrelas de Hollywood condenam o cancelamento de Jimmy Kimmel

A suspensão do talk show americano de Jimmy Kimmel após comentários polêmicos feitos por ele após a morte de Charlie Kirk desencadeou uma onda de protestos nos EUA. Na segunda-feira, mais de 400 estrelas de Hollywood, incluindo Robert De Niro, Meryl Streep, Pedro Pascal e Natalie Portman , assinaram uma carta condenando o que consideram "inconstitucional e antiamericano".

"Este é um momento sombrio para a liberdade de expressão em nosso país", diz a mensagem, emitida pela União Americana pelas Liberdades Civis. "O governo está ameaçando empresas privadas e pessoas com quem o presidente discorda", argumentam, referindo-se à suspensão repentina do programa noturno, cujo apresentador comparou o assassino da figura da direita americana Charlie Kirk aos eleitores de Trump.

"A gangue MAGA está tentando desesperadamente retratar esse cara que assassinou Charlie Kirk como algo diferente de um deles, e eles estão fazendo tudo o que podem para marcar pontos políticos com isso", foram as palavras pelas quais Kimmel foi suspenso "indefinidamente".

Tudo indica que Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC) e aliado de Trump, pressionou a Disney, dona da ABC, a cancelar o talk show de Kimmel.

A demissão do apresentador "vai contra os valores" dos Estados Unidos, "protegidos pela Constituição", assinada por várias dezenas de figuras conhecidas como Robert De Niro, Meryl Streep, Pedro Pascal, Natalie Portman, Tom Hanks, Jane Fonda, Selena Gomez, Joaquin Phoenix, Ben Stiller, Jamie Lee-Curtis, Michael Keaton, Jennifer Aniston e Rooney Mara, entre outros.

Mark Ruffalo, que interpreta o Hulk no Universo Cinematográfico Marvel, escreveu em sua conta no Threads que a indústria de Hollywood "não entende realmente o que está acontecendo agora, mas o que eles entendem é que nossa liberdade de expressão está sob ataque". Ele também criticou diretamente a Disney, que também detém os direitos da Marvel, culpando-a pela queda de 7% na bolsa de valores da empresa após a retirada de 'Jimmy Kimmel Live'.

A retirada do programa da programação após mais de 20 anos foi comemorada por Donald Trump , que também sugeriu a ideia de retaliação contra outras emissoras de televisão que o criticam: "Eu diria que talvez devêssemos tirar a licença deles". Diante dessa perspectiva, colegas (e também concorrentes) do 'showman', como Jimmy Falon ou Seth Meyers, se posicionaram contra, alguns ironicamente e outros, como Stephen Colbert, de forma mais direta: "Você não pode dar um centímetro a um autocrata".