Netanyahu não se cansa de seus crimes

Washington. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está se aproveitando da cumplicidade da Casa Branca. Israel está correndo para realinhar a geopolítica do Oriente Médio e já pensa em manter a Cisjordânia e deixar os Estados Unidos administrarem a Faixa de Gaza. É claro que os crimes continuam.
Ontem, Israel anunciou que matou o porta-voz do braço armado do Hamas na Faixa de Gaza e disse que perseguiria seus líderes até mesmo no exterior, enquanto suas forças armadas continuavam sua ofensiva no território faminto e devastado pela guerra.
A vítima de ontem foi Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Ezedin Al Qassam, que durante anos aparecia regularmente em mensagens de vídeo de militantes palestinos.
"Este não é o fim. A maior parte da liderança do Hamas está no exterior, e nós também os alcançaremos", disse o Chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Eyal Zamir.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro do governo Houthi do Iêmen foi morto em um ataque israelense à capital, Sanaa.
Israel disse na sexta-feira que o ataque aéreo teve como alvo o chefe de gabinete do grupo alinhado ao Irã, o ministro da defesa e outros altos funcionários, e que estava verificando o resultado.
Rebeldes Houthi detiveram 11 funcionários da ONU após invadirem a sede da ONU no domingo, disse o enviado da ONU para o Iêmen, Hans Grundberg.
US$ 5.000 por habitante de Gaza
Na madrugada de domingo, uma coluna de fumaça subiu sobre a cidade, e moradores foram inspecionar os danos a uma barraca bombardeada, amassada e com cobertores manchados de sangue espalhados entre os escombros.
O plano do governo Trump para Gaza no pós-guerra prevê deslocar toda a população do território palestino, que permaneceria sob controle dos EUA por 10 anos, para transformá-lo em um centro de turismo e tecnologia, informou o Washington Post no domingo.
Aqueles que concordarem em sair receberão US$ 5.000 em dinheiro, além de quatro anos de auxílio-aluguel e um ano de auxílio-alimentação, de acordo com o plano.
Enquanto isso, Israel considera a anexação da Cisjordânia ocupada como uma possível resposta ao reconhecimento do Estado palestino pela França e outros países, de acordo com três autoridades israelenses. A ideia será discutida mais detalhadamente no domingo, segundo outra autoridade. A Reuters revelou as intenções de Netanyahu.
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