Começa julgamento de 'assassinato em mala' na Nova Zelândia

Uma mulher acusada de assassinar seus dois filhos e esconder seus restos mortais em malas está sendo julgada na Nova Zelândia, em um caso de grande repercussão que chocou o país.
Hakyung Lee, que foi extraditado da Coreia do Sul para a Nova Zelândia em novembro de 2022, se declarou inocente de duas acusações de assassinato.
Os restos mortais de seus filhos foram descobertos em malas por uma família que havia comprado o conteúdo de um depósito abandonado em um leilão em Auckland.
Acredita-se que os corpos tenham ficado armazenados ali por vários anos.
O julgamento começou na segunda-feira e deve durar até quatro semanas. A promotoria abrirá os argumentos na terça-feira, segundo a mídia local.
Dada a atenção pública que o caso recebeu, o juiz disse ao júri que a culpa ou inocência da Sra. Lee deve ser determinada com base em fatos.
O juiz Geoffrey Venning acrescentou que também é provável que o caso seja determinado "se, no momento em que as crianças foram mortas, a Sra. Lee era louca".
A Sra. Lee, de 44 anos, se representará no tribunal com dois advogados nomeados pelo tribunal como substitutos. Ela permaneceu em silêncio quando solicitada a apresentar uma declaração de culpa na segunda-feira.
Cidadã neozelandesa nascida na Coreia do Sul, a Sra. Lee morou em Auckland por vários anos antes de retornar à Coreia do Sul em 2018.
No ano anterior — 2017 — o pai das crianças morreu de câncer. E as duas crianças, de seis e oito anos, faleceram algum tempo depois, embora não se saiba exatamente quando.
Os corpos foram descobertos em agosto de 2022, depois que uma família comprou um trailer cheio de mercadorias, incluindo as malas, em um leilão online.
A mídia local informou que a venda foi parte de um esforço para retirar itens abandonados de uma unidade de armazenamento.
A polícia disse que os compradores não tinham nenhuma ligação com as mortes.
A Sra. Lee foi presa em Ulsan, Coreia do Sul, em setembro de 2022, depois que a Interpol emitiu um alerta vermelho global para ela.
BBC