Compra misteriosa do Ministério das Relações Exteriores. Relatório do Tribunal de Contas da União vazado pelo ministério

O Ministério das Relações Exteriores adquiriu equipamentos especializados para proteger reuniões contra spyware. A ordem deveria ser mantida em segredo, mas o Supremo Tribunal de Contas (NIK) a publicou em um documento público, informou o Rzeczpospolita no sábado.
"PLN 135.600 brutos, ou PLN 19.370 por unidade — foi o valor gasto pelo Ministério das Relações Exteriores em sete 'dispositivos que impedem a aquisição ilegal de som e imagem'. Este é o resultado da análise do Tribunal Superior de Contas sobre a execução orçamentária do Estado em 2024, na seção 'Relações Exteriores'", escreve o jornal.
O jornal observa que o Tribunal Superior de Contas (NIK) apresenta essas análises anualmente e se refere aos orçamentos de ministérios e órgãos centrais. Quaisquer irregularidades geralmente dizem respeito a questões processuais, como procedimentos contábeis ou de aquisição. É nesse contexto que o Tribunal Superior de Contas (NIK) escreve sobre a compra de equipamentos. Como aponta o Rzeczpospolita, os auditores acreditam que a aquisição foi feita em violação às normas de contratação pública.
Anúncio"Durante o procedimento de adjudicação deste contrato, contrariamente às disposições dos regulamentos, a determinação do valor estimado deste contrato não foi documentada, o mercado de potenciais contratantes não foi pesquisado e a forma e os critérios de seleção da oferta não foram documentados na forma de um requerimento e um protocolo", enumera o Supremo Tribunal de Contas, citado por "Rz".
O Gabinete de Administração do Ministério das Relações Exteriores explicou que a compra foi específica e que, antes de realizá-la, "coletou informações disponíveis sobre propriedades funcionais e de segurança e estimou o valor do pedido com base no conhecimento especializado do Gabinete de Segurança Diplomática e também na experiência de outras partes solicitantes, incluindo o Serviço de Proteção do Estado", continuou o jornal.

Ele acrescenta que a análise forneceu informações que permitiram a identificação do tipo de dispositivo. "O equipamento adquirido pelo Escritório Administrativo (...) impede o uso de um telefone celular para aquisição não autorizada de áudio e vídeo, além de permitir a identificação de chamadas recebidas. Outras vantagens incluem seu tamanho reduzido e o fato de ter sido projetado e fabricado na Polônia", diz o documento, citado pelo jornal. (PAP)
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