Do Líbano, com amor: O relato da infância de uma imigrante em Lisboa

Sou tão imigrante hoje quanto era na minha infância. Quando somos crianças e carregamos a responsabilidade de servir de ponte entre duas culturas, não estamos tão cientes desse duplo papel; limitamo-nos a manobrar por entre os obstáculos da melhor forma que conseguimos. Apercebemo-nos, desde muito cedo, de que há coisas a separarem-nos de tudo o resto – o nome, a língua, a cultura – e temos de aprender a lidar com essa diferença. Às vezes, crescemos a odiá-la; às vezes, resignamo-nos a ela.

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É difícil encontrar as palavras certas para transmitir aquilo que é a experiência do imigrante, a experiência emocional de crescer numa cidade que sabemos que não nos pertence originalmente, mas que adotámos como nossa. Estranhos numa terra estranha a habitarem um cruzamento cultural, com todos os choques de civilizações que possam daí advir.
Visao