Justiça de SP decreta prisão preventiva de envolvido em ataque hacker à C&M

Resumo Justiça de São Paulo decreta prisão preventiva de João Nazareno Roque, investigado pelo maior ataque hacker ao sistema financeiro brasileiro, que causou prejuízo de R$ 800 milhões à empresa C&M e a instituições financeiras.
A Justiça de São Paulo decretou nesta sexta-feira, 11, a prisão preventiva de João Nazareno Roque, de 48 anos, investigado pelo ataque hacker à empresa C&M. Ele estava em prisão temporária desde o dia 3 de julho. A informação é do jornal O Globo.
O ataque cibernético à empresa de software causou prejuízo de cerca de R$ 800 milhões a instituições financeiras clientes da C&M. O técnico de TI ofereceu suas credenciais e acesso ao sistema financeiro para que o golpe pudesse ser aplicado. O caso foi considerado o maior ataque hacker já registrado ao sistema financeiro brasileiro
Roque trabalhava na C&M desde 2022, onde atuou na maior parte do tempo como eletricista. A empresa é responsável por conectar bancos menores e fintechs aos sistemas Pix do Banco Central (BC).
O dinheiro retirado da empresa de software foi repassado para três instituições financeiras (Transfeera, Nuoro Pay e Soffy), suspensas pelo BC de forma cautelar, e para mais de 20 contas de Pix de participantes diretos ou indiretos do golpe.
Em depoimento à polícia, Roque afirmou que foi abordado na rua por um homem que sabia onde ele trabalhava e perguntou detalhes sobre sua função.
Inicialmente, lhe foi oferecido o pagamento de R$ 5 mil para que ele desse acesso, com suas credenciais, ao sistema de transferências da empresa. O homem também disse que o técnico de TI seria recompensado com mais R$ 10 mil quando o golpe fosse executado.
O grupo acessou o sistema da C&M na madrugada do dia 30 de junho, no qual começou a fazer diversas transferências. Em nota à imprensa, a empresa afirmou que as evidências disponíveis até agora indicam que o incidente de segurança resultou em um desvio de ao menos R$ 800 milhões.
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