Americano morto na Síria em meio à crescente violência sectária, diz Departamento de Estado

Familiares e amigos identificaram o americano como Hosam Sarayas.
O Departamento de Estado dos EUA confirmou na terça-feira que um cidadão americano foi morto na Síria depois que vídeos perturbadores surgiram mostrando-o entre um grupo de homens aparentemente sendo executados pelas forças do governo sírio.
"Oferecemos condolências à família pela perda e estamos prestando assistência consular", afirmou o Departamento de Estado em um comunicado. "Estamos profundamente preocupados quando qualquer cidadão americano sofre danos no exterior, onde quer que esteja. Os Estados Unidos exigem responsabilização em todos os casos em que cidadãos americanos sofram danos no exterior."
Familiares e amigos confirmaram à ABC News que um dos homens executados era Hosam Saraya, um cidadão americano.

A confirmação veio depois que vídeos compartilhados nas redes sociais na semana passada mostraram oito homens ajoelhados lado a lado, vestidos à paisana, com um grupo de soldados filmando. Em um vídeo, os soldados são vistos conversando entre si. Então, sem aviso, eles abrem fogo, atirando dezenas de vezes à queima-roupa nos homens desarmados e ajoelhados.
Os vídeos foram filmados na Praça Tishreen, no sul da Síria, na tarde de 16 de julho, em meio aos conflitos em andamento no local.
A ABC News conversou com amigos e familiares de Hosam Saraya, um cidadão americano-sírio, e confirmou que ele e outros parentes estavam entre os que foram vistos no vídeo sendo mortos a tiros.
Além de Saraya, a família disse que seu irmão, Karim, seu pai, Ghassan, e seus tios e primos também foram mortos a tiros no incidente.
A família mostrou à ABC News o passaporte americano de Saraya, confirmando sua cidadania americana.
O Departamento de Estado está "investigando relatos sobre a morte de um indivíduo supostamente cidadão americano na Síria", disse um porta-voz.
A família Saraya é drusa, o maior grupo étnico da cidade, mas minoria na Síria. Conflitos sectários eclodiram na semana passada entre forças do governo e drusos, beduínos sunitas e outras facções sunitas.
Um amigo próximo dos Sarayas, que trabalhou com Hosam, contou à ABC News que conversou com Hosam e seus parentes na noite da última terça-feira e que eles lhe contaram que bombas estavam caindo perto de sua casa. Na quarta-feira, o amigo, que só quis ser identificado como Omar, ouviu de outros familiares que Hosam e os outros haviam sido levados de sua casa pelas forças do governo.
A mãe de Saraya foi deixada em sua casa saqueada, disse Omar.
ABC News