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Milhares assinam petição para fazer com que parlamentares mentirosos paguem preço político

Milhares assinam petição para fazer com que parlamentares mentirosos paguem preço político

Um homem de Toronto quer fazer da honestidade a melhor política ao aprovar um projeto de lei que tornaria os membros do Parlamento mais responsáveis ​​por contar mentiras.

Federico Sanchez iniciou uma petição eletrônica na Câmara dos Comuns propondo uma legislação que pode fazer os políticos pensarem duas vezes antes de brincar com a verdade.

A petição pede que os políticos federais apresentem um projeto de lei "para abordar a questão da desinformação percebida e real apresentada pelos parlamentares ao público".

A petição, que está tramitando no processo parlamentar, diz que a desinformação é uma ameaça crescente ao processo democrático e que é necessário um mecanismo para verificar as declarações públicas dos parlamentares para manter a confiança no órgão governante do Canadá.

Uma petição eletrônica deve reunir 500 ou mais assinaturas para receber certificação para apresentação à Câmara, o que abre caminho para uma resposta formal do governo.

A petição, que tinha mais de 8.700 assinaturas até terça-feira, será encerrada em 27 de novembro.

Sanchez, um médico, concorreu sem sucesso a um cargo político como Conservador Progressista em Ontário.

Ele disse em uma entrevista que não quer realmente ser político. Em vez disso, Sanchez disse que quer impedir que o Canadá siga o caminho dos Estados Unidos, onde vê a disseminação descontrolada de desinformação política corroendo a confiança pública.

"Não temos um problema tão grave com desinformação vinda de autoridades eleitas", disse ele. "Mas estamos caminhando nessa direção, se quer saber."

Governo galês pretende introduzir uma nova lei

A petição aponta para um processo em andamento no País de Gales como uma possível abordagem para o Canadá.

O governo galês disse que introduzirá uma lei que desqualificará políticos ou candidatos de cargos públicos se eles forem considerados culpados de fraude deliberada por um processo judicial independente.

Um grupo da sociedade civil galesa, o Instituto de Pesquisa Constitucional e Democrática, posteriormente propôs um modelo baseado na lei regulatória existente.

Segundo o modelo, se um tribunal constatasse que um político fez uma declaração falsa ou enganosa sobre um fato, ele poderia emitir um "aviso de correção" instruindo o indivíduo a fazer uma correção pública.

Se o político se recusasse a cumprir o aviso dentro de sete dias, sem uma desculpa razoável, o tribunal poderia emitir uma ordem impedindo o político de ocupar um cargo no Parlamento Galês por um período determinado.

Qualquer eleitor registrado poderia solicitar uma ordem de correção, mas o tribunal poderia rejeitar qualquer solicitação considerada trivial, vexatória ou sem chance razoável de sucesso.

"Este modelo elimina a ambiguidade dos modelos anteriores porque não há exigência de determinar a intenção e preserva a liberdade de expressão dos políticos porque eles têm a oportunidade de corrigir a desinformação sem sanção", afirma o Instituto de Pesquisa Constitucional e Democrática.

Separar o verdadeiro do falso nem sempre é fácil, diz professor

O professor de política canadense Alex Marland disse que, embora a iniciativa de responsabilizar mais os parlamentares gere uma discussão bem-vinda, ele vê problemas em colocar tal plano em prática.

O mundo político pode ser complicado e distinguir o verdadeiro do falso nem sempre é fácil, disse Marland, que leciona na Universidade Acadia.

Às vezes, um político pode dizer uma mentira ou se recusar a revelar informações pensando no bem maior, disse ele.

"O estranho na política é que, às vezes, não conseguimos viver num mundo de pureza total", disse ele. "É um campo muito confuso."

Os eleitores devem ser os responsáveis ​​por decidir quem pode servir no legislativo, acrescentou Marland. "Não cabe aos membros nomeados do judiciário."

Marland disse que a atenção deveria se voltar para o controle das plataformas de mídia social que aceleram a disseminação de desinformação política.

"Por que, de alguma forma, damos passe livre às plataformas online?", perguntou ele. "Se são elas que permitem que mentiras, mentiras e outras coisas se propaguem, por que o foco não está nelas?"

cbc.ca

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