Sepse – quais são as novas recomendações para diagnóstico e acompanhamento, Professor Brunkhorst?

A sepse é a terceira causa mais comum de morte na Alemanha. Aproximadamente um terço dos pacientes com sepse morrem em decorrência dela, e cerca de um em cada dois pacientes com choque séptico morre. Médicos ambulatoriais desempenham um papel particularmente importante no diagnóstico de infecção sanguínea, enfatiza o professor Frank M. Brunkhorst, do Hospital Universitário de Jena. Ele é coordenador da diretriz S3 sobre sepse e vice-presidente da Associação Alemã de Apoio à Sepse.
Os médicos de família devem estar atentos a três sinais de alerta após uma infecção: aumento da frequência respiratória ≥ 22/min, redução da pressão arterial sistólica ≤ 100 mmHg e início recente de confusão. Estes são avaliados no teste qSOFA. Brunkhorst: "Se dois destes sinais cardinais ocorrerem, a probabilidade de sepse é relativamente alta – e isso não acontece com infecções localizadas." No entanto, o uso do teste qSOFA também é visto com críticas. Por quê? Brunkhorst explica isso no podcast "ÄrzteTag".
O segundo foco da discussão do podcast é o acompanhamento de sobreviventes de sepse. Aqueles que foram tratados em terapia intensiva por um longo período geralmente enfrentam um processo de recuperação longo e complexo. O rastreamento de doenças secundárias é de responsabilidade dos médicos da atenção primária, que devem encaminhar os pacientes a um consultório neurológico caso sejam encontradas anormalidades. "O suporte neurológico para pacientes com sepse é extremamente importante, pois a maioria das consequências da sepse são neurológicas ou psicológicas", explica Brunkhorst. (Duração: 30:50 minutos)
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