Deputada do PT acusa Ministério Público do BC de intimidá-la com vigilância

As tensões entre a Procuradoria-Geral do Estado da Baixa Califórnia (FGE) e o Poder Legislativo aumentaram. A deputada do Partido Trabalhista (PT), Yohana Hinojosa Gilvaja, denunciou publicamente um suposto ato de intimidação por agentes da FGE, ocorrido dias depois de ela ter intimado a Procuradoria-Geral do Estado.
Uma grave alegação de suposto abuso de poder surgiu no Congresso da Baixa Califórnia. A representante local do Partido Trabalhista, Yohana Hinojosa, acusou diretamente o Ministério Público Estadual de tentar intimidá-la, descrevendo um incidente em que um veículo oficial do FGE parou em frente à sua casa em Tijuana para fotografá-la, seu carro e sua casa.
A legisladora vinculou esse fato diretamente ao seu trabalho de supervisão, particularmente às suas ações recentes para exigir responsabilização da chefe do FGE, María Elena Andrade Ramírez.
Segundo a deputada Hinojosa, o incidente ocorreu em 25 de junho. Ao chegar à sua casa, um veículo da FGE parou atrás dela. Um agente dentro do veículo tirou fotos dela com um celular.
A justificativa oficial que recebeu do procurador-geral, Max Ramos, foi que a unidade estava na região conduzindo uma investigação sobre violência doméstica. No entanto, a deputada refutou veementemente essa explicação.
"O procurador-geral, Max Ramos, justificou a presença da unidade alegando uma suposta investigação (...) no quarteirão abaixo. Eles não poderiam ter ido pelo caminho errado. Isso é clara intimidação." – Yohana Hinojosa Gilvaja, deputada do PT (declarações parafraseadas).
Para Hinojosa, o momento do incidente não é coincidência. Ocorreu logo após ela, juntamente com outros parlamentares, obter apoio unânime no Congresso para intimar o Procurador-Geral Andrade Ramírez, que, segundo os deputados, tem repetidamente descumprido solicitações anteriores do Poder Legislativo.
Diante do que considera um ato de intimidação inaceitável, a deputada petista não hesitou em apontar o dedo aos mais altos escalões do poder na Baixa Califórnia.
Ela responsabilizou diretamente a governadora Marina del Pilar Ávila Olmeda e a promotora María Elena Andrade Ramírez por "qualquer coisa" que pudesse acontecer a ela, sua família ou sua equipe.
"Não ficarei em silêncio, não me prenderão e não me intimidarão", declarou a deputada, afirmando que estava fazendo a denúncia pública como medida protetiva. Esse conflito evidencia uma tensão preocupante entre dois poderes do governo, onde o trabalho de supervisão de um legislador supostamente é recebido com táticas de vigilância e intimidação pelo órgão encarregado de processar e julgar.
La Verdad Yucatán