Presidente da Academia Polonesa de Ciências: O Fundo para o Desenvolvimento de Tecnologias Inovadoras é necessário, mas vamos aguardar os detalhes

Uma iniciativa como o Fundo de Desenvolvimento de Tecnologias Inovadoras, proposto pelo presidente, é certamente necessária. "Analisaremos com bons olhos o desenvolvimento dessa ideia, mas teremos que aguardar os detalhes", disse o professor Marek Konarzewski, presidente da Academia Polonesa de Ciências, à PAP.
O presidente Karol Nawrocki assinou na sexta-feira uma iniciativa legislativa referente ao projeto de lei sobre o Fundo de Desenvolvimento de Tecnologias Inovadoras. A iniciativa foi apresentada no Centro de Novas Tecnologias da Universidade de Varsóvia. O fundo, com um orçamento de 5 bilhões de zlotys, deverá apoiar startups polonesas e atrair capital e know-how estrangeiros para a Polônia.
O presidente da Academia Polonesa de Ciências, Prof. Marek Konarzewski, também participou da reunião com reitores universitários e especialistas em novas tecnologias, entre outros, durante a qual a iniciativa foi apresentada.
"Em primeiro lugar, estou muito satisfeito que a ideia de criar o fundo tenha sido articulada pelo presidente, e na forma de uma lei, portanto, é uma ideia bastante madura. Tal fundo é certamente necessário. Em princípio, posso também dizer, olhando para o grande grupo de reitores que participou da reunião, que estamos todos muito satisfeitos com ele. No entanto, é claro, o diabo está nos detalhes. Até o momento, não aprendemos muito sobre essa lei, exceto que ela será financiada por sonegação fiscal", disse o Prof. Marek Konarzewski à PAP.
Ele observou que há dúvidas sobre a eficácia de tal solução. No entanto, enfatizou que essas dúvidas não se dirigem ao próprio presidente, mas sim à forma como esses mecanismos estão previstos na lei.
"O que é encorajador é a garantia do presidente de que deseja que este projeto de lei e tudo relacionado a ele sejam mantidos fora da disputa política. Isso é extremamente necessário. Nós, como comunidade, gostaríamos que tudo relacionado à ciência fosse posicionado dessa forma. No entanto, isso obviamente não se aplica à disposição legal, então, quando se trata do projeto de lei, temos que aguardar os detalhes", afirmou o presidente da Academia Polonesa de Ciências. Ele expressou a esperança de que o projeto de lei seja submetido em breve ao Presidente do Sejm e tornado público, para que então seja possível conhecer seus detalhes.
Ele admitiu ter ficado surpreso com a falta de referência específica aos representantes do setor privado presentes na reunião de sexta-feira. "Pensei que este projeto de lei seria elaborado de forma a combinar os esforços financeiros do orçamento estadual com as oportunidades financeiras criadas pelos orçamentos de instituições privadas. No entanto, não aprendemos praticamente nada sobre o assunto", observou o professor Konarzewski.
Na opinião do presidente da Academia Polonesa de Ciências, o orçamento desse tipo de instituição, que chega a PLN 5 bilhões por ano, não é grande.
Principalmente porque a lei não se refere apenas a tecnologias inovadoras, mas — pelo menos é o que sugere a apresentação de hoje — também menciona aspectos como apoio administrativo e promoção científica, que são iniciativas muito importantes, mas não abrangem o processo que levará ao surgimento de tecnologias inovadoras na Polônia e à sua utilização efetiva na indústria. Portanto, os 5 bilhões de zlotys mencionados podem ser insuficientes. Não é uma quantia muito alta quando se trata de construir potencial industrial", disse o Professor Konarzewski.
- Vamos aguardar e, claro, olhar com bons olhos o desenvolvimento dessa ideia, porque queremos muito que um centro decisório tão importante como o presidente e sua comitiva ajude a conquistar o maior apoio possível para a ciência - acrescentou.
Karol Nawrocki apresentou o projeto para estabelecer um Fundo de Desenvolvimento de Tecnologia Inovadora durante a campanha eleitoral, inclusive no chamado Plano 21. Ele argumentou então que, como presidente, salvaguardaria o desenvolvimento de novas tecnologias na Polônia.
Ewelina Krajczyńska-Wujec (PAP)
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