Inspeção-Geral da Saúde abre processo ao caso do bebé que nasceu na sala de espera do Hospital de Gaia

A Inspeção-Geral das atividades em Saúde abriu um processo de inquérito ao caso de bebé que nasceu na sala de espera do Hospital de Gaia e que bateu com a cabeça no chão, avança a CNN Portugal.
O episódio ocorreu no sábado passado, quando a mãe se deslocou ao hospital, uma segunda vez depois de ter sido mandada para casa da primeira vez.
Os pais da criança alegam que o bebé ao nascer bateu com a cabeça no chão e que foi socorrido pelo pai.
De acordo com os pais da criança, o bebé bateu com a cabeça no chão depois de ter nascido sem apoio médico. O casal terá apresentado queixa a várias entidades.
O recém-nascido está bem, tendo ficado internado mais tempo do que o normal por estar com peso a menos, mas deve ter alta ainda esta terça-feira, adianta ainda a CNN Portugal.
Em reação ao caso, a administração da Unidade Local de Saúde do Grande Estuário (ULSGE) rejeita que a grávida não tenha recebido assistência adequada.
Em declarações à agência Lusa, a ULSGE adianta que a utente deu entrada no serviço de urgência do Hospital Santos Silva por volta das 16h30 e que nessa altura foi submetida a uma cardiotocografia (CTG), que monitoriza a frequência cardíaca do feto e as contrações uterinas.
O exame, segundo a administração, indicou que a mulher “não se encontrava em fase ativa de trabalho de parto”, não havendo sinais que fizessem prever “uma alteração tão súbita do quadro clínico”, pelo que a grávida foi enviada para casa.
O hospital justifica a decisão com o facto de a mulher viver a menos de 10 minutos daquela unidade de saúde e garante ter aplicado o procedimento habitual de “indicação de regresso a casa, com retorno à urgência em caso de alterações no quadro clínico”.
Segundo a mesma fonte, a grávida voltou ao hospital às 19h59 e “durante o processo de admissão, um procedimento administrativo com a duração estimada de três minutos, ocorreu o parto”, indica a ULSGE, sublinhando que a utente foi “pronta e imediatamente assistida pela equipa de emergência”.
Jornal Sol