PoderData: 66% dos brasileiros apoiam a liberação da maconha medicinal

A liberação da maconha medicinal no País é apoiada por 66% dos brasileiros. O resultado é da nova pesquisa do instituto PoderData, divulgada nesta terça-feira 7.
Segundo o levantamento, o grupo de apoiadores da medida é seis pontos percentuais maior do que o registrado em outubro de 2024, quando a pergunta foi feita pela última vez aos entrevistados. Em setembro de 2023, eram 56% os entrevistados que se diziam favoráveis à liberação do uso medicinal de cannabis no País.
O grupo contrário ao uso da maconha medicinal no Brasil caiu, segundo o levantamento. São apenas 26% os que se dizem contrários ao tema. Eram 31% em outubro de 2024 e 35% em setembro de 2023.
Na pesquisa divulgada nesta terça, só 8% não sabem responder sobre a questão. Eram 10% em 2024 e 9% em 2023.
Os dados foram coletados pelo instituto entre os dias 27 e 29 de setembro, a partir de 2.500 entrevistas realizadas nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A maconha medicinal no BrasilO uso de maconha medicinal no Brasil já encontra amparo legal. Na movimentação mais recente no Judiciário, em 2024, o Superior Tribunal de Justiça autorizou o cultivo de cannabis para fins terapêuticos e concedeu seis meses para que a União e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) elaborassem uma norma para regular o setor. O prazo foi aumentado até o dia 30 de setembro deste ano, mas União e Anvisa não finalizaram as regras e pediram mais 180 dias para concluir a tarefa.
No País, quem precisa de medicamentos à base de cannabis recorre à importação direta, compram o produto em farmácias, com retenção da receita médica ou buscam acolhimento em associações cannábicas, que dependem de liminares judiciais para funcionar.
Outras drogasA pesquisa divulgada nesta terça também questionou os entrevistados sobre a liberação de todas as outras drogas no País. A medida é rejeitada por 58% dos brasileiros. Na comparação com os resultados obtidos em 2024 e 2023 pelo instituto (61% nos dois casos), a variação está dentro da margem de erro. Favoráveis somam 26%, quatro pontos percentuais a mais do que em 2024 e 2023. Outros 16% preferem não responder (eram 17% nos anos anteriores).
CartaCapital