Nigel Farage pede sanções dos EUA a países que restringem a liberdade de expressão

Nigel Farage pedirá aos Estados Unidos que sancionem países que restrinjam a liberdade de expressão, alertando os legisladores para que não sigam o exemplo britânico. Farage prestará depoimento ao Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dias após a prisão do escritor de Father Ted, Graham Linehan, por postagens anti-transgênero no site X.

O roteirista de comédia foi detido por cinco policiais armados no aeroporto de Heathrow por causa de tuítes, incluindo um chamado em tom de brincadeira para que mulheres trans recebessem "socos no saco" caso se recusassem a sair de espaços exclusivos para mulheres. Farage alertará que o Reino Unido "perdeu o rumo" e agora corre o risco de romper a Relação Especial por causa de sua legislação antiliberdade de expressão. Falando ontem à noite antes de sua aparição, Farage disse: "O caso Graham Linehan é mais um exemplo da guerra contra a liberdade no Reino Unido.

"Amanhã, no Capitólio, discutirei isso, o caso Lucy Connolly e o crescente papel da nossa polícia em incidentes de 'ódio' não relacionados a crimes. A liberdade de expressão está sob ataque e peço aos EUA que se mantenham vigilantes."

Em depoimento escrito ao comitê, o líder do Reform UK instou o governo dos EUA a exigir isenções da Lei de Segurança Online para empresas de tecnologia e mídia social sediadas nos EUA.

Ele também sugeriu que a Casa Branca deveria usar sanções diplomáticas e comerciais como ferramentas para fazer valer o direito à liberdade de expressão. Isso causou consternação no Partido Trabalhista, enquanto Keir Starmer insiste que o Reino Unido ainda mantém a liberdade de expressão, apesar da prisão do Sr. Linehan.

Um porta-voz trabalhista acusou o pedido do Sr. Farage por penalidades econômicas de ser "antipatriótico", "encorajando ativamente uma potência estrangeira a tomar medidas para tornar o povo britânico mais pobre".

"É profundamente irresponsável — porque não é Farage quem vai pagar o preço, são os trabalhadores de todo o país. Ele nunca mais poderá se considerar um patriota."

O Sr. Farage também levantará o caso de Lucy Connelly, que foi presa por mais de 30 meses por um tuíte durante os distúrbios de Southport.

Ele disse: "Amanhã, no Capitólio, discutirei isso, o caso Lucy Connolly e o crescente papel da nossa polícia em incidentes de 'ódio' não relacionados a crimes. A liberdade de expressão está sob ataque e peço aos EUA que se mantenham vigilantes."

O Departamento de Estado dos EUA já emitiu um relatório contundente alertando que os direitos humanos estão sendo corroídos pelo governo de Keir Starmer , citando o caso Lucy Connolly.

O vice-presidente JD Vance também tem sido categórico em seus alertas sobre a erosão constante da liberdade de expressão na Europa, alertando o Reino Unido para não seguir um "caminho obscuro".

O depoimento do Sr. Farage ao Comitê Judiciário ocorrerá por volta das 15h, horário do Reino Unido.